Dólar avança 1,5% e fecha acima de R$ 2,48, maior valor desde 2008
O dólar comercial fechou em alta de 1,5% nesta quarta-feira (1º), a R$ 2,485 na venda, maior valor da cotação desde 8 de dezembro de 2008, quando tinha fechado a R$ 2,50.
Com a proximidade das eleições, o dólar acumulou alta de 9,3% em setembro, no maior avanço mensal desde setembro de 2011.
A disparada do dólar acontece após pesquisas eleitorais do Ibope e do Datafolha mostrarem que a presidente Dilma Rousseff (PT), cuja política econômica é alvo de críticas nos mercados financeiros, mantém liderança firme na corrida presidencial.
"O mercado não está mais se baseando em fluxo, só em notícias sobre as eleições", afirmou à agência de notícias Reuters o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
O que fazer se precisa de dólar?
Com a alta recente do dólar, a situação ficou apertada para quem precisa da moeda para viajar.
A dica dos especialistas Leandro Martins, analista-chefe da Walpires Corretora, Mauro Calil, consultor da Academia do Dinheiro. e Nelson Gasparian, diretor da Cotação Corretora, é comprar tudo antes que a moeda suba mais.
Se o prazo da viagem for maior, porém, é possível ir comprando aos poucos, mas eles alertam: a tendência da moeda é de alta.
Atuação do BC
O Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções no mercado de câmbio nesta terça, vendendo todos os 4.000 contratos ofertados de swap cambial, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro.
Foram vendidos 500 contratos com vencimento em 1º de junho de 2015, e outros 3.500 com vencimento em 1º de setembro do ano que vem. A operação movimentou o equivalente a US$ 197 milhões.
Além disso, o BC começou a rolar o lote de contratos que venceriam em novembro, por meio de leilões diários com oferta de até 8.000 swaps.
Foram vendidos 2.500 contratos para 3 de agosto de 2015 e 5.500 para 1º de outubro de 2015, com volume correspondente a US$ 393,9 milhões.
Com isso, o BC rolou cerca de 4,5% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 8,84 bilhões.
Se mantiver esse ritmo até o penúltimo pregão do mês, como tem feito nos últimos lotes, o banco vai conseguir estender o vencimento de praticamente todo o volume de novembro.
Segundo analistas ouvidos pela agência de notícias Reuters, essa operação não é suficiente para apaziguar as pressões sobre o mercado.
(Com Reuters e Valor)
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