Após duas quedas, Bovespa sobe 2,63% no dia e fecha semana em alta
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 2,63%, aos 55.723,79 nesta sexta-feira (17), depois de ter caído cerca de 6% nas duas últimas sessões.
Na semana, a Bolsa acumulou alta de 0,75%; no mês, até agora, tem ganhos de 2,97%. No acumulado do ano, o saldo positivo é de 8,19%.
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4), que foram a principal influência no resultado do Ibovespa (com fatia de 15% nos negócios), fecharam em alta de 2,36%, a R$ 19,09, depois de terem caído 7,44% na véspera.
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 1,3% nesta sexta-feira (17), negociado a R$ 2,433 na venda. Assim, na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 0,37%. No mês, o dólar cai 0,63%. No ano, a moeda ainda tem alta de 3,18%.
Foco nas eleições
Segundo a agência de notícias Reuters, o foco no cenário interno foi o agressivo debate entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) na quinta-feira, promovido pelo UOL, pelo SBT e pela rádio Jovem Pan, com ataques generalizados de ambos os lados.
Mas a atenção dos investidores ainda segue voltada para as pesquisas, com novo levantamento Datafolha previsto para o início da próxima semana, embora o entendimento no mercado seja de que a disputa seguirá equilibrada até o próximo dia 26, dia da eleição.
No final da sessão desta sexta, levantamento Sensus divulgado no site da revista "IstoÉ" mostrou Aécio com 56,4% dos votos válidos (que excluem brancos, nulos e indecisos), contra 43,6% de Dilma. Na pesquisa anterior, a vantagem do tucano era um pouco maior: 58,8% a 41,2%.
Cenário externo
No cenário internacional, houve uma trégua na preocupação dos investidores em relação ao crescimento global e à recuperação econômica da Europa e dos Estados Unidos.
"Houve um questionamento sobre o crescimento mundial e agora o mercado externo parou para pensar", disse à Reuters o gestor Andre Paes, da Infinity Asset, notando que a bolsa nos últimos dias esteve menos correlacionada a fatores internos.
Bolsas da Europa disparam; Japão tem pior semana em 6 meses
O principal índice acionário europeu teve seu maior ganho diário em três anos nesta sexta, com indicadores econômicos fortes sobre os Estados Unidos contribuindo para a recuperação após as expressivas perdas recentes.
O índice FTSEurofirst 300, que reúne os principais papéis do continente, subiu 2,76%, a 1.280 pontos, maior alta diária desde 30 de novembro de 2011.
Em Londres, o índice Financial Times avançou 1,85%. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 3,12%. Em Paris, o índice CAC-40 teve alta de 2,92%. Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 3,42%. Em Madri, o índice Ibex-35 registrou alta de 2,97%. Em Lisboa, o índice PSI20 valorizou-se 2,63%.
Na Ásia, a tendência foi contrária. Uma possível recessão na Europa, a economia japonesa que patina, a desaceleração na China e o surto do ebola têm abalado os investidores, desencadeando um nível de instabilidade que não era visto há anos.
O índice japonês Nikkei liderou as perdas, fechando em baixa de 1,4% no pregão e com queda de 5% na semana, sua maior queda semanal em seis meses.
Em Xangai, a Bolsa caiu 0,65%; em Seul, 0,95%; e em Taiwan, 1,40%. Na contramão, a Bolsa de Hong Kong fechou em alta de 0,53%. A de Cingapura subiu 0,43%, e a de Sydney, no Pacífico, teve alta de 0,32%.
(Com Reuters)
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