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Dólar cai mais de 1% e fecha a R$ 2,433, após debate eleitoral

Do UOL, em São Paulo

17/10/2014 18h25Atualizada em 17/10/2014 18h29

dólar comercial fechou em queda de 1,3% nesta sexta-feira (17), negociado a R$ 2,433 na venda. Assim, na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 0,37%. No mês, o dólar cai 0,63%. No ano, a moeda ainda tem alta de 3,18%.

A avaliação do mercado, segundo a agência de notícias Reuters, é de que o candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) teria tido desempenho melhor do que Dilma Rousseff (PT) no debate da véspera, promovido pelo UOL, pelo SBT e pela rádio Jovem Pan.

Analistas ouvidos pela Reuters também afirmaram que a pressão externa não deve acabar tão cedo. Além disso, a instabilidade eleitoral deve continuar sendo a regra na próxima semana.

"Isso é um cessar-fogo, não é o fim de todos os problemas", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, à Reuters.

O próximo encontro entre os dois adversários deve ser na TV Record no domingo (19).

 

Cenário internacional

A tendência nos mercados externos também foi de queda do dólar em relação às moedas locais. Segundo analistas ouvidos pela Reuters, a correção foi desencadeada por uma série de notícias que reduziram o pessimismo com a economia global.

Italo Abucater, especialista em câmbio da corretora Icap, afirmou ao "Valor" que o movimento hoje foi de correção no mercado de câmbio, após três sessões seguidas em alta. 

"Com o dólar no patamar de R$ 2,45, o mercado fica mais vendedor", afirmou.

Segundo a Reuters, operadores afirmavam que o movimento era mais intenso aqui do que lá fora porque o cenário eleitoral intensifica as tendências no mercado brasileiro.

Cenário eleitoral brasileiro

Investidores também repercutiam o debate presidencial da véspera. A discussão entre Dilma e Aécio (preferido pelos mercados por prometer uma política econômica mais ortodoxa, segundo a Reuters), foi a mais agressiva da campanha, com ataques generalizados de ambos os lados.

De maneira geral, operadores consideraram o desempenho do tucano melhor que o de Dilma no debate. 

Segundo o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira, em entrevista à Reuters, isso pode não se traduzir em um número expressivo de votos, mas numa disputa acirrada, "todo voto conta".

Nas últimas pesquisas Datafolha e Ibope, os dois candidatos apareciam em empate técnico nas intenções de voto. Outros levantamentos são esperados para os próximos dias.

Saiba quais são os motivos do sobe e desce do dólar, as medidas adotadas pelo governo e quem essa oscilação beneficia

Entenda

Intervenções no mercado de câmbio

As atuações do BC no mercado de câmbio também influenciaram o resultado desta sessão.

O BC manteve seu programa de intervenções diárias, com as novas regras anunciadas em junho, vendendo os 4.000 novos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) ofertados.

Foram vendidos 2.500 contratos com vencimento em 1º de junho de 2015, e outros 1.500 com vencimento em 1º de setembro do ano que vem. A operação movimentou o equivalente a US$ 197,6 milhões.

O BC também realizou mais um leilão para rolar os contratos de swap que vencem em 3 de novembro. Foram vendidos 3.000 contratos para 3 de agosto de 2015 e 5.000 para 1º de outubro de 2015, com volume correspondente a US$ 393,7 milhões.

Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 5,115 bilhões, ou cerca de 58% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 8,84 bilhões.

(Com Reuters)