Após bater em R$ 2,679 durante a tarde, dólar reduz alta e fecha a R$ 2,651
O dólar comercial chegou a bater em R$ 2,679 durante a tarde, mas reduziu a alta no fim das negociações e fechou com avanço de 0,14%, a R$ 2,651 na venda. Foi a terceira alta seguida.
Com isso, a moeda norte-americana se mantém com o maior valor desde 1º abril de 2005, quando valia R$ 2,66.
O dólar acumula valorização de 2,23% na semana. É a terceira semana seguida de alta.
No mês, a moeda soma ganhos de 3,1% e, no ano, de 12,46%. Na véspera, a moeda norte-americana havia subido 1,34%.
Petróleo, EUA e incertezas econômicas e políticas
A alta de hoje foi influenciada por diversos fatores econômicos e até políticos. Entre eles, apreensão dos investidores diante da queda dos preços do petróleo no mundo e dúvidas sobre o futuro do programa de intervenções do Banco Central brasileiro no mercado de câmbio.
"Você tem muitas interrogações no mundo e muitas interrogações no Brasil. Isso tudo preocupa o investidor e o deixa com pé atrás para investir aqui", disse o diretor de câmbio do banco Paulista, Tarcísio Rodrigues, à agência de notícias Reuters.
A incerteza sobre quais ações a nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff adotará para enfrentar o cenário de inflação alta e crescimento baixo também pesou.
Ainda no cenário interno, o mercado estava pessimista com as denúncias em torno do suposto esquema de corrupção na Petrobras.
No cenário externo, a queda dos preços do petróleo tem deixado os investidores pessimistas com o cenário de desaceleração da economia mundial.
Somava-se a isso a expectativa de que o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, elevará sua taxa básica de juros no ano que vem. Isso poderia atrair para os Estados Unidos recursos atualmente investidos em países emergentes, como o Brasil. Com menos dólares aqui, a moeda ficaria mais cara.
Atuação do BC no mercado de câmbio
O Banco Central manteve seu programa de intervenções no câmbio, com as novas regras anunciadas em junho. Foram vendidos 1.800 contratos com vencimento em 1º de junho de 2015 e os outros 2.200 para 1º de setembro do próximo ano.
O BC também realizou mais um leilão para rolar os contratos de swap que vencem em 2 de janeiro. Foram vendidos 10 mil contratos: 3.400 com vencimento em 3 de novembro de 2015 e os outros 6.600 para 4 de janeiro de 2016. A operação movimentou o equivalente a US$ 490,3 milhões.
Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 4,902 bilhões, ou cerca de metade do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 9,827 bilhões.
Além disso, o BC ofereceu US$ 2 bilhões em leilão de empréstimos de dólares das reservas internacionais. É o dobro do ofertado nas duas operações anteriores realizadas neste mês.
(Com Reuters)
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