Dólar fecha quase estável, a R$ 3,877, após atingir R$ 3,92 durante o dia
Após operar em alta na maior parte do dia e chegar a bater R$ 3,92, o dólar comercial fechou esta segunda-feira (19) quase estável, com leve alta de 0,09%, a R$ 3,877 na venda.
Na última sessão, na sexta-feira, a moeda norte-americana tinha avançado 1,92% e fechado a semana com valorização de 3,05%.
No mês de outubro, o dólar acumula queda de 2,24%; no ano, tem alta de 45,82%.
"Não houve grandes novidades no mercado hoje. O dólar ficou flutuando ao vento, sem muita racionalidade", disse o operador
de um banco nacional à agência de notícias Reuters.
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Cenário nacional
Investidores continuavam preocupados com as contas públicas e com o cenário político no Brasil.
Na sexta-feira, rumores de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, teria escrito uma carta de demissão aumentou a insegurança do mercado. No entanto, a presidente Dilma Rousseff desmentiu o boato no final de semana e afirmou que Levy permanece no cargo. Investidores temem que eventual saída de Levy representaria um passo atrás no ajuste das contas públicas.
"Nessa de 'fica Levy, sai Levy', a verdade que permanece é a de que o país está parado, à mercê de interesses políticos, com desemprego, contração da economia, inflação alta e com a grande possibilidade de perdermos [de novo] o selo de bom pagador ainda neste ano, se o ajuste fiscal não evoluir", escreveu em nota a clientes o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik.
Mercado internacional
Na cena externa, investidores olhavam com atenção para a economia chinesa.
Dados divulgados nesta segunda-feira mostram que o crescimento econômico da China desacelerou para 6,9% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2014.
Essa foi a expansão mais lenta desde 2009, no auge da crise financeira mundial. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, o crescimento foi de 1,8%.
Atuações do BC
Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade à rolagem dos contratos de swap cambial (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos.
Até agora, o BC já rolou US$ 6,142 bilhões, ou cerca de 60% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
(Com Reuters)
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