Dólar sobe 0,7% e fecha valendo R$ 3,797, após dados fortes dos EUA
Em dia de instabilidade, o dólar comercial começou a operar em queda, mas depois inverteu e fechou com alta de 0,7% nesta quarta-feira (4), cotado a R$ 3,797 na venda.
Na véspera, a moeda norte-americana tinha caído 2,39%, na maior queda percentual diária desde 24 de setembro.
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Cenário internacional
Dados fortes sobre o setor de serviços dos Estados Unidos e falas da presidente do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano), Janet Yellen, aumentaram apostas de que os juros podem subir por lá ainda neste ano.
"A expectativa do comitê tem sido que a economia continue a crescer em ritmo suficiente para gerar melhoras no mercado de trabalho e trazer de volta a inflação à meta de 2% no médio prazo", disse Yellen durante sessão de perguntas e respostas em uma audiência no Congresso.
Juros mais altos nos EUA preocupam investidores, pois poderiam atrair para lá recursos atualmente investidos em países onde os juros são mais altos, como é o caso do Brasil.
"As apostas de que o Fed vai aumentar os juros em dezembro cresceram", disse o economista da 4Cast, Pedro Tuesta, à agência de notícias Reuters, referindo-se à próxima reunião do Fed.
Ele ressaltou, no entanto, que o dado mais relevante para as expectativas sobre a taxa de juros dos EUA é o relatório de emprego do governo norte-americano, que será divulgado na sexta-feira.
Cenário nacional
No Brasil, o mercado continuava em clima de incertezas. Na véspera, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados iniciou um processo por quebra de decoro contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que pode resultar, em última instância, na perda de mandato do parlamentar.
Operadores não descartavam a possibilidade de ainda mais instabilidade no mercado de câmbio, em meio ao baixo volume de negócios recentemente.
Entre os acontecimentos que podem gerar movimentos mais bruscos do dólar eles destacam a votação na Câmara do projeto que permite a regularização de bens brasileiros não declarados no exterior.
"Toda vez que esse projeto dá um passo para frente, o mercado reage. Parece que o fluxo (de entrada de recursos) vai ser grande", disse a operadora de um banco nacional à Reuters.
Atuações do BC
Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em dezembro, vendendo a oferta total de até 12.120 contratos. Até agora, o BC já rolou US$ 1,186 bilhão, ou cerca de 11% do lote total, que corresponde a US$ 10,905 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
(Com Reuters)
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