Dólar sobe mais de 1% e fecha a R$ 4,105, maior valor em quase 4 meses
O dólar comercial teve a segunda alta seguida nesta quarta-feira (20), subindo 1,24%, a R$ 4,105 na venda. É o maior valor de fechamento desde 28 de setembro, quando o dólar havia fechado a R$ 4,11.
Na véspera, a moeda norte-americana havia subido 0,51%.
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Queda do petróleo
O mercado está preocupado com os preços do petróleo, que caíam novamente hoje. Por isso, investidores estão evitando colocar dinheiro em negócios de maior risco, correndo para moedas mais seguras, como o dólar.
"Prevalece a aversão a risco nos mercados internacionais. O petróleo não para de cair e todo alívio tem se mostrado temporário", disse Guilherme França Esquelbek, operador da corretora Correparti, à agência de notícias Reuters.
O petróleo nos EUA desabava abaixo de US$ 27 por barril nesta quarta-feira pela primeira vez desde 2003. O recuo da matéria-prima arrastou consigo boa parte dos mercados globais, como as Bolsas chinesas, europeias e norte-americanas.
Brasil: economia preocupa
No Brasil, a preocupação era intensificada por incertezas sobre a estratégia do governo para enfrentar a crise econômica.
Há preocupações sobre a possibilidade de que o governo descuide do ajuste das contas públicas para estimular a economia. Soma-se a isso o temor de que o Banco Central evite aumentar os juros diante da recessão econômica.
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central define nesta quarta, após o fechamento dos mercados, a Selic (taxa básica de juros do país), após dois dias de reunião. É o primeiro encontro do Copom neste ano. Desde julho, a taxa está em 14,25% ao ano.
"Sazonalmente, os primeiros meses do ano são de fluxo positivo, mas não é isso que estamos vendo", disse o especialista em câmbio da corretora Icap, Ítalo Abucater, à Reuters.
Atuações do BC
O Banco Central fez nesta manhã mais um leilão de rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em 1º de fevereiro, vendendo a oferta total de até 11,6 mil contratos.
Até o momento, o BC já rolou o equivalente a US$ 7,329 bilhões, ou cerca de 70% do lote total, que corresponde a US$ 10,431 bilhões.
Esses leilões servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
(Com Reuters)
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