Dólar volta a fechar em baixa e vale R$ 3,739, menor valor em três meses
O dólar comercial fechou esta terça-feira (8) com queda de 1,44%, cotado a R$ 3,739 na venda. Como havia acontecido na sexta-feira, a moeda norte-americana voltou a atingir o menor valor desde 9 de dezembro (R$ 3,737).
Na véspera, o dólar havia subido 0,88%, após quatro quedas seguidas. A moeda acumula desvalorização de 6,61% no mês e de 5,30% no ano.
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Atuação do BC
O dólar ampliou a queda em relação ao real à tarde, após o Banco Central anunciar para amanhã um leilão de venda de até US$ 2 bilhões com compromisso de recompra. A operação, segundo o BC, não faz parte da rolagem de contratos já existentes.
Com isso, o BC tenta aumentar a oferta de dólares no mercado, o que, em tese, poderia levar a moeda norte-americana a se desvalorizar.
Lava Jato
Investidores continuam atentos ao cenário político brasileiro. As atenções estavam voltadas, principalmente, aos desdobramentos da operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de desvio de verbas na Petrobras.
O tema impeachment voltou a crescer no fim da semana passada após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sido levado para prestar depoimento à Polícia Federal.
"Mudou um pouco o tom do mercado local desde a semana passada. Se antes todo o mercado estava muito pessimista, agora algumas pessoas estão vendo motivo para vender [dólares]", disse à agência de notícias Reuters José Carlos Amado, operador da corretora Spinelli.
A percepção de que os escândalos de corrupção no âmbito da operação Lava Jato estariam elevando a chance de impeachment da presidente Dilma Rousseff é vista como positiva por alguns investidores. Eles acreditam que uma mudança no governo poderia ajudar na recuperação da credibilidade do país.
Outros ressaltam, porém, que a perspectiva de turbulências políticas causa instabilidades e não há garantia de que eventual troca de presidente resultaria em quadro mais favorável para a economia brasileira.
Petróleo e economia chinesa
No cenário externo, os preços do petróleo caíam um dia após alcançarem a maior cotação no ano. Mais cedo, o Kuait afirmou que concorda em congelar a produção apenas se os principais países produtores participarem do acordo.
Também colaboraram com o clima de cautela os dados sobre a economia chinesa. As exportações da China em fevereiro tombaram 25,4% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a maior queda desde maio de 2009.
"Ainda que o quadro pareça mais estável na China, com o governo sinalizando que adotará estímulos fiscais e monetários nos próximos meses, os dados recentes aumentaram a cautela dos investidores", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em nota a clientes.
(Com Reuters)
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