Dólar sobe 1,7% e fecha a R$ 3,652, com rumor sobre Lula assumir ministério
O dólar comercial começou a semana em alta, interrompendo uma sequência de quatro quedas. A moeda norte-americana fechou esta segunda-feira (14) com valorização de 1,71%, a R$ 3,652 na venda.
É a maior alta percentual diária desde 16 de fevereiro, quando o dólar havia subido 1,86%.
Na sexta-feira (11), o dólar havia fechado no menor valor desde 28 de agosto de 2015, a R$ 3,591. Na semana passada, acumulou queda de 4,51%.
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Lula no ministério
O dólar acelerou a alta para 1,7% no final da sessão, após rumores de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode assumir um ministério no atual governo. Isso poderia tirar força de eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff, segundo analistas.
O dólar operou em alta de cerca de 1% durante quase toda a sessão.
"Goste ou não (de Lula), ele tem sempre uma carta na manga", disse o especialista em câmbio da Icap corretora, Ítalo Abucater, à agência de notícias Reuters, referindo-se à força política de Lula, que poderia ajudar o governo.
A “Folha de S.Paulo” publicou em seu site que a presidente aguarda um telefonema de Lula confirmando que aceita ser ministro.
Protestos pelo Brasil
Investidores avaliavam os desdobramentos políticos após as manifestações contra o governo no domingo, que também marcaram críticas à oposição.
"Vimos que população não tem nenhum nome para substituir o governo do PT. A oposição foi vaiada (nas manifestações) e fica a interrogação sobre quem seria a substituição ao governo", disse o superintendente regional de câmbio da SLW, João Paulo de Gracia Correa, à Reuters.
As manifestações de domingo antecedem a retomada da análise, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de recursos apresentados pela Câmara dos Deputados contra o processo de impeachment. A sessão está marcada para quarta-feira.
"Tem mais pessoas convencidas de que a saída de Dilma não é suficiente para ajeitar as coisas no Brasil", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta à Reuters.
Ainda no fim de semana, houve a convenção nacional do PMDB, na qual o partido anunciou que em até 30 dias irá avaliar pedidos de saída do governo ou, pelo menos, a declaração de independência das bancadas no Congresso.
"O Brasil continua na onda do otimismo com o impeachment, mas nós alertamos que esse otimismo provavelmente é exagerado", disseram os analistas da BBH, em nota a clientes.
Cenário internacional
No cenário externo, dados divulgados no fim de semana mostraram que a produção industrial da China cresceu menos que o esperado em fevereiro e que as vendas no varejo nos dois primeiros meses do ano também ficaram aquém das expectativas.
O mercado aguardava ainda a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) sobre a taxa de juros, na quarta-feira. Eventual aumento de juros nos EUA pode levar à saída de dólares de países considerados menos seguros, como o Brasil.
A expectativa é de manutenção dos juros nesta reunião.
(Com Reuters)
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