Dólar chega a subir quase 2%, mas vira e fecha em baixa de 0,44%, a R$ 3,48
O dólar comercial chegou a operar em alta de quase 2% durante o dia, mas inverteu o movimento no final da sessão e fechou esta quarta-feira (13) em queda de 0,44%, a R$ 3,48 na venda.
É, novamente, o menor valor de fechamento desde 20 de agosto do ano passado, quando o dólar havia encerrado o dia a R$ 3,46.
Na véspera, a moeda norte-americana havia fechado praticamente estável, com leve alta de 0,01%.
Na semana e no mês, o dólar acumula queda de 3,25%; no ano, a desvalorização é de 11,87%.
- BC mostra onde comprar dólar mais barato
- Por que mercado vibra com notícia ruim para governo?
- Lula está certo ao dizer que Lava Jato afeta economia?
Cenário político e atuações do BC
O dólar foi influenciado pelo cenário político. Crescentes apostas no impeachment da presidente Dilma Rousseff têm feito o dólar cair, porque muitos operadores entendem que uma eventual troca de governo poderia atrair capitais de volta ao país.
Isso reduziu o efeito da intervenção do Banco Central no mercado de câmbio. O BC realizou, de novo, leilões de swaps cambiais reversos (equivalentes à compra futura de dólares), numa tentativa de conter a queda da moeda.
"O mercado está apostando muito forte que vamos ter uma troca de governo. Em função disso, mesmo a atuação do BC não foi suficiente para segurar a moeda", disse Jefferson Luiz Rugik, operador de câmbio da corretora Correparti, à agência de notícias Reuters.
A perspectiva de impeachment ganhou mais força na noite passada com a saída do PP (Partido Progressista) do governo. Segundo o líder do partido na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), uma maioria "expressiva" da bancada é favorável ao impeachment, mas não há fechamento de questão sobre a votação. O PRB (Partido Republicano Brasileiro), que também era da base do governo, anunciou que suas bancadas no Congresso votarão a favor do impeachment.
A Câmara dos Deputados deve votar sobre a abertura do processo de impeachment no domingo (17).
Dados bons sobre a China
Nos mercados externos, dados fortes sobre o comércio na China trouxeram algum alívio para o dólar, apesar da queda nos preços do petróleo.
As exportações chinesas saltaram 11,5% em março na comparação com o mesmo mês de 2015. Foi a primeira alta desde junho do ano passado, e o maior salto desde fevereiro de 2015.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.