Dólar sobe e fecha a R$ 3,406, à espera de decisões nos EUA e Reino Unido
O dólar comercial fechou em alta de 0,2% nesta terça-feira (21), a R$ 3,406 na venda, após duas quedas seguidas. Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 0,61%.
Apesar da alta do dia, o dólar acumula desvalorização de 5,71% no mês e de 13,72% no ano.
- BC mostra onde comprar dólar mais barato
- Como comprar dólar com a economia instável?
- IOF sobe: melhor comprar dólar ou pagar no cartão?
- Como as medidas do governo podem afetar desemprego, dólar e inflação
Votação no Reino Unido
O dólar abriu em queda nesta sessão, após novas pesquisas mostrarem vantagem da campanha britânica pela permanência na União Europeia (UE). A queda foi contida depois que um novo levantamento mostrou que essa vantagem diminuiu.
Os britânicos votam na quinta-feira (23) se continuam ou não na União Europeia. O referendo deve definir o papel do país no cenário global e também o futuro da UE, que tem tido dificuldade para mostrar unidade em temas como imigração e crises financeiras.
"Houve uma virada positiva no sentimento sobre o referendo nos últimos dias, e as últimas pesquisas parecem confirmar essa melhora", disse Marcos Trabbold, operador da corretora B&T, à agência de notícias Reuters.
A campanha a favor da saída do bloco perdeu força após o assassinato da parlamentar Jo Cox na semana passada. Ela defendia a permanência do Reino Unido na União Europeia.
Operadores temem que uma eventual saída possa afetar a economia global. Com isso, investidores tenderiam a assumir menos riscos, evitando aplicar recursos em mercados emergentes, como o Brasil.
Juros nos EUA
O mercado também acompanhou de perto as declarações da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen. Ela repetiu que o banco central dos Estados Unidos será cauteloso ao elevar os juros.
"Ela é muito equilibrada... não há novas pistas sobre o momento de nova alta de juros", disse Pedro Tuesta, economista da 4Cast. Para ele, Yellen já deixou a porta aberta para nova alta nos juros em julho.
BC monitora riscos externos, diz diretor
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, afirmou nesta terça-feira que o BC aguarda a definição de alguns riscos externos para decidir se vai atuar no mercado cambial.
O BC não atua no mercado de câmbio brasileiro desde o último pregão do mês passado mesmo diante do tombo do dólar em relação ao real, que atingiu nesta sessão os menores níveis em quase um ano abaixo de R$ 3,40.
Ao ser questionado sobre quando o BC voltaria a fazer intervenção no câmbio, o diretor respondeu: "Não sei, estamos esperando definição sobre riscos externos", referindo-se ao referendo do Reino Unido e à taxa de juros nos Estados Unidos.
Cenário político
O cenário político brasileiro também continuava no centro das atenções. Na véspera, o governo federal fechou acordo com os Estados garantindo seis meses de carência para o pagamento de suas dívidas com a União.
O impacto total do acordo será de R$ 50 bilhões neste e nos próximos dois anos, afirmou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
"Essa vitória é vista como nova demonstração de força política do presidente interino, Michel Temer", escreveram analistas da corretora H.Commcor em nota a clientes.
Ainda assim, operadores mantinham a cautela diante da possibilidade de novas denúncias enfraquecerem o governo Temer e dificultarem a aprovação de medidas econômicas no Congresso.
Receba notícias do UOL Economia pelo WhatsApp
Quer receber notícias no seu celular sem pagar nada? Primeiro, adicione este número à agenda do seu telefone: +55 (11) 97258-8073 (não esqueça do "+55"). Depois, envie uma mensagem para este número por WhatsApp, escrevendo só: grana10
(Com Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.