Dólar sobe pelo segundo dia e fecha a R$ 3,395, de olho no Reino Unido
O dólar comercial fechou esta segunda-feira (27) em alta de 0,44%, cotado a R$ 3,395 na venda. É o segundo avanço seguido da moeda norte-americana. Na sexta-feira (24), havia subido 1,05%.
Apesar de subir no dia, o dólar ainda acumula desvalorização de 6,03% no mês e de 14,02% no ano.
Já a libra esterlina fechou o dia em queda de 2,97% em relação ao real, a R$ 4,487 na venda. O euro teve leve baixa de 0,14%, vendido a R$ 3,741.
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Reino Unido decide sair da UE
Investidores ainda repercutiam a votação pela saída do Reino Unido da União Europeia (UE) e seus possíveis impactos na economia do mundo.
"Passou o susto com o primeiro impacto [do resultado], mas o mercado continua preocupado. As consequências dessa decisão para o mundo ainda são muito incertas", disse à agência de notícias Reuters o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Corrêa.
Operadores temem que a decisão britânica afete o humor dos investidores estrangeiros e golpeie a recuperação econômica global, atingindo negócios de países emergentes como o Brasil.
BCs falam em agir
Por outro lado, analistas ressaltam que os laços comerciais entre a América Latina e o Reino Unido são pequenos e que as turbulências podem servir de gatilho para novos estímulos em todo o mundo. Vários bancos centrais foram a público na sexta-feira para garantir que estão prontos para agir, inclusive o brasileiro.
No Brasil, por exemplo, o Banco Central disse que está monitorando os mercados financeiros e que, caso necessário, "adotará as medidas adequadas para manter o funcionamento normal dos mercados financeiro e cambial".
Alguns analistas também acreditam que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) pode esperar mais para elevar os juros nos Estados Unidos.
Juros mais altos nos EUA poderiam atrair para lá recursos atualmente investidos em países onde as taxas de juros são maiores, como é o caso do Brasil.
Governo interino traz otimismo
No Brasil, investidores estavam mais otimistas com o governo do presidente interino, Michel Temer, o que ajudou a minimizar a alta do dólar nesta sessão.
O mercado também aguardava pistas sobre quando o BC pretende começar a reduzir os juros básicos (Selic), hoje em 14,25% ao ano. Nesta terça-feira (25), a entidade deve divulgar seu Relatório Trimestral de Inflação.
No relatório, o novo presidente do BC, Ilan Goldfajn, pode dar mais indicações sobre qual será sua postura em relação à intervenção cambial.
(Com Reuters)
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