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Dólar sobe pela manhã, depois vira e fecha em baixa pelo 2º dia, a R$ 3,241

Do UOL, em São Paulo

03/08/2016 17h06

dólar comercial fechou esta quarta-feira (3) em queda de 0,78%, cotado a R$ 3,241 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 0,18%. No ano, o dólar acumula desvalorização de 17,91%.

A queda foi influenciada pela atuação do Banco Central e pelo cenário político brasileiro. Investidores questionam se o governo do presidente interino, Michel Temer, vai conseguir aprovar no Congresso medidas para equilibrar os gastos públicos. No exterior, as influências foram do preço do petróleo e de dados sobre empregos nos EUA.

Atuação do BC

O Banco Central atuou novamente no mercado de câmbio. Pela manhã, o BC vendeu todos os 10 mil contratos de swap cambial reverso, que equivalem à compra futura de dólares.

Durante o mês passado, o BC atuou no mercado por meio desse instrumento em praticamente todas as sessões. 

Cenário político

Na terça-feira (2), a Câmara dos Deputados adiou a votação do projeto de renegociação da dívida dos Estados junto à União. Isso aconteceu mesmo após o governo federal ter cedido em alguns pontos.

Investidores temem que esse atraso indique que o governo terá dificuldade para conseguir consenso entre os parlamentares e para aprovar medidas para equilibrar as contas públicas.

"Está crescendo a desconfiança do mercado de que não vai ser nem um pouco fácil para o governo conseguir apoio no Congresso para as medidas necessárias", disse à agência Reuters o operador Marcos Trabbold, da corretora B&T.

Cenário externo

Depois de operar em alta pela manhã, o dólar virou e passou a cair no período da tarde, com o salto dos preços do petróleo no exterior e dados mais fortes que o esperado sobre emprego nos Estados Unidos.

"O dia começou bem desfavorável para os emergentes, mas o petróleo voltou a subir e reviveu a procura por moedas de rendimento alto", afirmou o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues, à Reuters.

Em relação aos EUA, investidores tentam prever quando o banco central irá subir os juros novamente. 

(Com Reuters)