Dólar tem quinta queda seguida e fecha a R$ 3,373; na semana, cai quase 3%
O dólar comercial fechou esta sexta-feira (9) em queda de 0,3%, a R$ 3,373 na venda. É o menor valor em desde 22 de novembro, quando valia R$ 3,357.
Foi a quinta queda seguida. Com isso, o dólar acumula perda de 2,87% na semana. No mês, tem desvalorização de 0,43% e, no ano, de 14,57%.
Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 0,62%.
Nesta sexta, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a inflação oficial desacelerou para 0,18% em novembro, muito abaixo do esperado e no menor valor para o mês em 18 anos, desde 1998.
Com o resultado, a alta dos preços acumulada no ano, de janeiro a novembro, ficou em 5,97%, o que gerou expectativa de que a inflação termine este ano dentro do limite máximo da meta do governo.
O objetivo é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, podendo oscilar de 2,5% a 6,5%.
Para o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, a desaceleração da inflação mostra que a recente queda na taxa básica de juros, a Selic, está funcionando. Ele voltou a indicar que o Copom (Comitê de Política Monetária) pode cortar novamente os juros para tentar estimular a economia.
Investidores chegam a prever que, com o resultado do IPCA, o corte na taxa deve ser de 0,75 ponto percentual, e não de 0,5 ponto percentual.
Juros nos EUA
Investidores também estavam atentos à proximidade da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) na semana que vem, quando o mercado espera que o banco suba os juros.
"O mercado já está em compasso de espera para o Fed, com os últimos ajustes para o encontro que deve elevar a taxa de juros nos EUA", disse o sócio da Omnix Corretora, Vanderlei Muniz, à agência de notícias Reuters.
Juros mais altos nos EUA poderiam atrair para lá recursos atualmente investidos em outros países onde os rendimentos são maiores, como é o caso do Brasil.
Atuação do BC
O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de 15 mil swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em janeiro.
(Com Reuters)
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