Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Dólar cai 1,35%, maior queda em três meses, e fecha a R$ 3,218

Do UOL, em São Paulo

04/01/2017 17h12

dólar comercial fechou esta quarta-feira (4) em queda de 1,35%, cotado a R$ 3,218 na venda. É a segunda baixa seguida da moeda norte-americana, que havia caído 0,59% na véspera.

Essa é a maior queda percentual diária desde 3 de outubro, quando o dólar caiu 1,41%. É também o menor valor de fechamento desde 9 de novembro (R$ 3,21).

A sessão desta quarta foi marcada por dados positivos da economia na zona do euro e pela expectativa em torno da ata sobre os juros nos Estados Unidos.

Mercado otimista

Nos últimos dias, uma série de indicadores positivos mostrou que a economia global estava com desempenho melhor do que o esperado. Nesta quarta-feira, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) apontou que atividade empresarial na zona do euro encerrou 2016 no ritmo mais rápido em cinco anos e meio.

Na véspera, o PMI também mostrou que a atividade industrial da China avançou mais do que o esperado em dezembro, com a produção alcançando o maior nível em quase seis anos.

O cenário brasileiro também era mais tranquilo, segundo analistas. "A situação política interna deu uma acalmada em janeiro, sem novas delações. E o cenário internacional parece de mais otimismo", afirmou à agência de notícias Reuters o presidente da Canepa Asset, Alexandre Póvoa. "O mercado voltou neste início de ano com mais apetite para o risco."

Juros nos EUA

Investidores também esperavam a ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) na qual a taxa de juros foi elevada em 0,25 ponto percentual. O documento foi divulgado após o fechamento do mercado de câmbio nesta quarta.

O mercado buscava no documento sinalizações de como o Fed deve se comportar no governo de Donald Trump, que assume a Presidência do país em 20 de janeiro. O republicano prometeu aumentar gastos, o que pode obrigar o BC dos EUA a ser mais duro na política monetária.

Juros mais altos nos Estados Unidos podem atrair para lá recursos atualmente investidos em mercados emergentes com taxas maiores, como o brasileiro.

Atuações do BC

O Banco Central brasileiro não anunciou nenhuma intervenção no mercado de câmbio para esta sessão. O BC não atua no mercado desde 13 de dezembro.

(Com Reuters)