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Apesar de quase estáveis no dia, na semana dólar sobe 1% e Bolsa cai 3%

Do UOL, em São Paulo

09/11/2018 17h08Atualizada em 09/11/2018 18h45

O dólar comercial fechou esta sexta-feira (9) praticamente estável, com leve queda de 0,06%, cotado a R$ 3,736 na venda. Com isso, a moeda termina a semana com valorização acumulada de 1,13%, na segunda alta semanal seguida.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, também fechou quase estável, com leve baixa de 0,02%, a 85.641,21 pontos. Assim, o índice encerra a semana com desvalorização acumulada de 3,14%, após cinco altas semanais consecutivas. Na véspera, o dólar teve leve baixa de 0,04% e a Bolsa caiu 2,39%.

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Natura salta 8,8% e JBS cai 3,2%

A maior alta do dia no Ibovespa foi da Natura (+8,81%). A empresa reportou nesta sexta lucro líquido de R$ 132,8 milhões no terceiro trimestre, mais que o dobro do resultado de um ano antes. Também tiveram alta as ações do Banco do Brasil (+2,22%), do Bradesco (+1,48%), do Itaú Unibanco (+1,26%) e da Petrobras (+0,43%).

No lado negativo, os papéis da JBS tiveram forte queda (-3,21%), após a prisão do empresário Joesley Batista, um dos donos da empresa, em operação da Polícia Federal nesta sexta. As ações da mineradora Vale (-4,16%) também caíram.

Juros nos EUA

Investidores ainda repercutiam a decisão sobre juros nos Estados Unidos. Na quinta-feira (8), o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) decidiu manter a taxa de juros na faixa entre 2% e 2,5% e manteve a indicação de que a taxa deve subir de forma gradativa.

Uma aceleração no ritmo de alta nos juros norte-americano poderia causar estresse no mercado, pois taxas maiores nos EUA poderiam atrair para lá recursos atualmente aplicados em outras economias, como a brasileira.

Reforma da Previdência

Internamente, investidores seguem ansiosos por novidades sobre a equipe de governo, sobretudo sobre o comando do Banco Central, e ainda sobre a reforma da Previdência.

Na véspera, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, avaliou que "não é o fim do mundo" aprovar a reforma da Previdência no ano que vem, lembrando que este é o prazo com que trabalha o mercado e salientando que o impacto da reforma nas contas públicas aumenta com o passar do tempo.

Atuação do BC

O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 3,816 bilhões do total de US$ 12,217 bilhões que vencem em dezembro.

(Com Reuters)