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Dólar fecha em alta, a R$ 3,919, maior valor em dois meses; Bolsa cai 2,5%

Do UOL, em São Paulo

10/12/2018 17h10Atualizada em 10/12/2018 18h41

O dólar comercial fechou esta segunda-feira (10) em alta de 0,73%, cotado a R$ 3,919 na venda. Foi o quinto avanço seguido da moeda norte-americana e o maior valor de fechamento em mais de dois meses, desde 2 de outubro (R$ 3,935).

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, tombou 2,5%, a 85.914,71 pontos, no terceiro recuo seguido, puxado pela queda de 5% nas ações da Petrobras. É o menor nível da Bolsa em duas semanas, desde 26 de novembro (85.546,51).

Na semana passada, o dólar teve alta de 0,89%, e a Bolsa registrou queda acumulada 1,55%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

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As ações da Petrobras caíram 5,37% nesta segunda, figurando entre as maiores perdas do dia.

Outras empresas com forte peso no Ibovespa também caíram, como a mineradora Vale (-2,13%) e os bancos Itaú Unibanco (-2,67%), Bradesco (-1,93%) e Banco do Brasil (-2,93%).

Por outro lado, a fabricante de aeronaves Embraer subiu 2%, após a Justiça derrubar a liminar que suspendia a parceria da empresa com a Boeing. Foi o melhor resultado da Bolsa nesta sessão.

Cenário externo

Investidores estavam cautelosos nesta sessão devido à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. A disputa ganhou um novo capítulo com a prisão de uma executiva da gigante chinesa de tecnologia Huawei, o que levanta dúvidas sobre o quanto a trégua acertada entre os presidentes das duas nações no G20 servirá para se chegar, de fato, a um acordo.

Há ainda preocupação sobre a desaceleração da economia mundial, sobretudo depois que a China divulgou dados mostrando que as exportações e importações cresceram muito menos que o esperado em novembro, já refletindo o desaquecimento gerado pela briga comercial.

Política brasileira

No Brasil, o foco se voltava para as denúncias envolvendo Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), senador eleito e filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, que podem impactar o futuro governo.

Atuação do BC

O Banco Central vendeu nesta sessão 13,8 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 4,149 bilhões do total de US$ 10,373 bilhões que vence em janeiro.

(Com Reuters)