Dólar e Bolsa sobem no dia, mas têm queda na semana; moeda fecha a R$ 3,897
O dólar comercial fechou esta sexta-feira (21) em alta de 1,15%, cotado a R$ 3,897 na venda, no maior aumento em quase um mês. Em 26 de novembro, a moeda norte-americana havia subido 2,49%. Na semana, porém, a moeda acumulou queda de 0,21%. Foi a primeira queda semanal após sete semanas seguidas de alta.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registrou alta de 0,5% no dia, a 85.697,15 pontos, após dois dias seguidos de queda. Na semana, porém, o índice acumulou perda de 2%, na terceira redução semanal consecutiva.
Na quinta-feira, o dólar caiu 0,53% e o Ibovespa encolheu 0,47%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
Vale sobe e segura Bolsa
Com valorização de 2,11%, as ações da mineradora Vale ajudaram no desempenho positivo da Bolsa brasileira. As ações da Petrobras (+0,28%) também encerraram o pregão em alta. Por outro lado, os papéis do Bradesco (-0,76%) e Itaú Unibanco (-0,46%) fecharam o dia com perdas. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.
Investidores cautelosos no exterior
A alta do dólar frente ao real acompanhou a tendência da moeda norte-americana no exterior, que se valorizou frente a diversas moedas de países emergentes, como o peso mexicano e a lira turca.
A ameaça de paralisação parcial do governo dos Estados Unidos deixou investidores cautelosos, o que colaborou para a tendência de fortalecimento do dólar.
O financiamento de agências governamentais dos Estados Unidos corre o risco de ser interrompido por uma disputa orçamentária envolvendo o presidente Donald Trump e republicanos da Câmara dos Deputados contra democratas devido à aprovação de recursos para construção de um muro na fronteira com o México.
Inflação baixa
No cenário doméstico, o destaque foi a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15). O índice, que funciona como uma prévia da inflação oficial, encerrou 2018 com alta acumulada de 3,86%, ante 2,94% em 2017, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na variação mensal, o IPCA-15 teve queda de 0,16%, a maior deflação para um mês de dezembro em 24 anos.
Atuação do BC
O Banco Central fez mais um leilão de venda de dólares com compromisso de recompra, o quinto em dezembro, no valor de US$ 1 bilhão, com o objetivo de prover liquidez aos agentes durante tradicional período de saída de recursos do país no fim do ano.
A autoridade monetária fez também nesta sessão o último leilão de swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, vendendo integralmente a oferta de 13,8 mil contratos e rolando integralmente o total de US$ 10,373 bilhões que vencem em janeiro.
(Com Reuters)
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