Ação da Vale sobe mais de 1%, após cair 24% na véspera; Bolsa opera em alta
Após forte queda na véspera, as ações da mineradora Vale (VALE3) operavam em alta nesta terça-feira (29), na segunda sessão após o rompimento de uma barragem de rejeitos da companhia em Brumadinho (MG). Por volta das 16h50, os papéis subiam 1,82%, a R$ 43,15. Na segunda-feira (28), as ações fecharam em queda de 24,52%, a R$ 42,38.
No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, avançava 0,67%, a 96.085,55 pontos. Na véspera, a Bolsa fechou em baixa de 2,29%, a 95.443,88 pontos, na maior queda percentual diária em um mês e meio, desde 10 de dezembro (-2,5%).
O rompimento da barragem despejou milhões de metros cúbicos de lama na região do Córrego do Feijão, destruindo instalações da empresa e arrasando uma comunidade local. Dezenas de pessoas morreram e há centenas desaparecidas.
Agência rebaixa nota da mineradora
A agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota da Vale para "BBB-" na noite de segunda-feira. O rebaixamento, segundo a Fitch, reflete a expectativa de que a companhia terá de arcar com pesados custos de reparação da tragédia.
Nesta terça, foi a vez da Moody's colocar a nota da mineradora em perspectiva negativa, ou seja, com possibilidade de rebaixamento em breve. O mesmo já havia sido feito pela S&P no último sábado (26).
Vale suspende pagamento de dividendos e bônus
Após o rompimento da barragem, a Vale suspendeu sua política de remuneração aos acionistas. Na prática, a empresa decidiu não pagar dividendos e juros sobre o capital próprio, além de bônus a seus executivos.
Em comunicado divulgado na noite de domingo (27), a empresa também informou que está suspensa qualquer deliberação sobre a recompra de ações. Não foi informado por quanto tempo vale a suspensão.
Mercado de minério de ferro
O desastre de Brumadinho criou incertezas para o mercado de minério de ferro da China, em um momento em que a procura produto brasileiro está aumentando, disseram vários operadores chineses nesta segunda-feira. A Vale é a maior produtora mundial de minério de ferro com baixo teor de alumínio, o preferido das usinas chinesas devido ao seu baixo nível de impureza.
O rompimento da barragem no Córrego do Feijão é o segundo incidente em uma mina da Vale desde 2015, quando uma barragem de rejeitos em uma mina da Samarco se rompeu e causou o maior desastre ambiental da história da mineração no país. A Vale é uma das donas da Samarco, junto com a australiana BHP Billiton.
(Com Reuters)
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