Dólar fecha estável a R$ 3,915, mas sobe 4,3% no mês; Bolsa ganha 1% no dia
O dólar comercial fechou praticamente estável, com leve queda de 0,05%, cotado a R$ 3,915 na venda. Apesar disso, a moeda terminou a semana com valorização acumulada de 0,34%, e o mês com alta de 4,32%. Foi a maior valorização mensal desde agosto do ano passado (8,46%), quando a moeda reagiu às incertezas sobre as eleições. No ano, o dólar acumula valorização de 1,02%.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 1,09%, a 95.414,55 pontos. Com isso, a Bolsa encerra a semana com ganho de 1,79%, mas perdeu 0,18% no mês. No ano, o índice acumula valorização de 8,56%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
Vale, bancos e Petrobras sobem
Entre os destaques da Bolsa, as ações da Vale (3,31%), do Bradesco (1,71%), do Banco do Brasil (1,46%), do Itaú Unibanco (0,97%) e da Petrobras (0,61%) fecharam em alta. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.
Mercado de olho na reforma
O mercado acompanhava o noticiário em torno da reforma da Previdência. Ontem, foi escolhido o relator da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Com isso, investidores acreditam que a partir de agora o cronograma para análise do texto possa ser seguido.
"As apostas de não aprovação da reforma ainda são muito isoladas. O que vinha sendo embutido nos preços era a chance de uma postergação. Mas agora a tendência é o mercado dar uma acalmada", disse à agência de notícias Reuters Cleber Alessie, da mesa financeira da H.Commcor.
Apesar da sinalização de que a proposta vai andar, ainda há o risco de que seja diluída e prejudique a economia prevista pelo governo, de R$ 1 trilhão em dez anos.
Crise entre Bolsonaro e Maia prejudicou mercado
As rusgas entre Executivo e Legislativo ao longo do mês cobraram um preço do dólar e da Bolsa. Uma troca de farpas pública entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), gerou preocupações no mercado de que a reforma da Previdência não fosse adiante. Maia chegou a ameaçar deixar a articulação da proposta.
Ontem, os dois mudaram o discurso e adotaram um tom apaziguador. Bolsonaro disse que o bate-boca com Maia foi uma "chuva de verão", enquanto o presidente da Câmara disse que o desgaste é "assunto encerrado".
Atuação do BC
O Banco Central fez a rolagem do lote integral de US$ 3 bilhões ofertado em leilão de linha de moeda estrangeira com compromisso de recompra. Assim, o BC evitou uma saída dessa mesma quantia de recursos prevista para o começo de abril.
Na véspera, o BC já havia colocado no mercado US$ 1 bilhão em oferta líquida de moeda via operação de linha.
(Com Reuters)
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