Petróleo chega a subir 20%, mas desacelera com ação dos EUA; Petrobras sobe
Resumo da notícia
- Maior exportador global de petróleo, a Arábia Saudita foi alvo de um ataque sobre instalações da gigante Aramco
- Os preços do petróleo chegaram a disparar quase 20%, com o Brent apresentando o maior ganho intradiário desde a Guerra do Golfo
- Os preços caíram das máximas depois que o presidente dos EUA Donald Trump autorizou o uso de estoques de emergência de seu país
- Índia, China e Indonésia, grandes importadores de petróleo saudita, devem ser os mais vulneráveis à interrupção na oferta
O preço do petróleo disparou quase 20% no mercado internacional nesta segunda-feira (16), após um ataque sobre instalações sauditas no fim de semana ter cortado pela metade a produção local. O petróleo continua subindo, mas menos, depois que o presidente Donald Trump autorizou o uso de estoques de emergência dos EUA.
Por volta das 14h40 (horário de Brasília), o petróleo Brent subia 12,02%, a US$ 69,63 por barril. No mesmo horário, as ações da Petrobras subiam 5,23% na Bolsa de Valores brasileira, a R$ 31,21.
Mais cedo, o petróleo Brent chegou a disparar quase 20%, a US$ 71,95. Foi a maior alta durante o dia desde 14 de janeiro de 1991, durante a Guerra do Golfo. O petróleo nos Estados Unidos chegou a subir 15,5%, para US$ 63,34, maior alta durante o dia desde 22 de junho de 1998.
Companhia atacada não dá previsão de normalização
A Arábia Saudita é o maior exportador global de petróleo. O ataque a instalações da petroleira estatal Saudi Aramco para processamento de petróleo, em Abqair e Khurais, reduziu a produção em 5,7 milhões de barris por dia.
A companhia não deu uma previsão de quando deve retomar a produção total. Duas fontes com conhecimento das operações da Aramco disseram que isso "pode levar meses".
"Retirar mais de 5% da oferta global de uma única tacada —um volume que é maior que o crescimento da oferta acumulado em países de fora da Opep [Organização dos Países Exportadores de Petróleo] entre 2014 e 2018— é altamente preocupante", escreveram analistas do banco UBS em nota.
Grandes importadores de petróleo da Arábia Saudita, como Índia, China e Indonésia, devem ser os países mais afetados pela queda na oferta do produto.
Trump disse que aprovou a liberação de reservas estratégicas de petróleo dos Estados Unidos se necessário, em volume ainda a ser determinado.
(Com Reuters)
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