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Petróleo chega a subir 20%, mas desacelera com ação dos EUA; Petrobras sobe

Fumaça é vista após fogo em instalação na Arábia Saudita - Stringer/Reuters
Fumaça é vista após fogo em instalação na Arábia Saudita Imagem: Stringer/Reuters

Do UOL, em São Paulo

16/09/2019 12h08Atualizada em 16/09/2019 14h44

Resumo da notícia

  • Maior exportador global de petróleo, a Arábia Saudita foi alvo de um ataque sobre instalações da gigante Aramco
  • Os preços do petróleo chegaram a disparar quase 20%, com o Brent apresentando o maior ganho intradiário desde a Guerra do Golfo
  • Os preços caíram das máximas depois que o presidente dos EUA Donald Trump autorizou o uso de estoques de emergência de seu país
  • Índia, China e Indonésia, grandes importadores de petróleo saudita, devem ser os mais vulneráveis à interrupção na oferta

O preço do petróleo disparou quase 20% no mercado internacional nesta segunda-feira (16), após um ataque sobre instalações sauditas no fim de semana ter cortado pela metade a produção local. O petróleo continua subindo, mas menos, depois que o presidente Donald Trump autorizou o uso de estoques de emergência dos EUA.

Por volta das 14h40 (horário de Brasília), o petróleo Brent subia 12,02%, a US$ 69,63 por barril. No mesmo horário, as ações da Petrobras subiam 5,23% na Bolsa de Valores brasileira, a R$ 31,21.

Mais cedo, o petróleo Brent chegou a disparar quase 20%, a US$ 71,95. Foi a maior alta durante o dia desde 14 de janeiro de 1991, durante a Guerra do Golfo. O petróleo nos Estados Unidos chegou a subir 15,5%, para US$ 63,34, maior alta durante o dia desde 22 de junho de 1998.

Companhia atacada não dá previsão de normalização

A Arábia Saudita é o maior exportador global de petróleo. O ataque a instalações da petroleira estatal Saudi Aramco para processamento de petróleo, em Abqair e Khurais, reduziu a produção em 5,7 milhões de barris por dia.

A companhia não deu uma previsão de quando deve retomar a produção total. Duas fontes com conhecimento das operações da Aramco disseram que isso "pode levar meses".

"Retirar mais de 5% da oferta global de uma única tacada —um volume que é maior que o crescimento da oferta acumulado em países de fora da Opep [Organização dos Países Exportadores de Petróleo] entre 2014 e 2018— é altamente preocupante", escreveram analistas do banco UBS em nota.

Grandes importadores de petróleo da Arábia Saudita, como Índia, China e Indonésia, devem ser os países mais afetados pela queda na oferta do produto.

Trump disse que aprovou a liberação de reservas estratégicas de petróleo dos Estados Unidos se necessário, em volume ainda a ser determinado.

(Com Reuters)

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