Dólar volta a subir e fecha a R$ 4,17, maior valor em mais de três semanas
O dólar comercial voltou a subir nesta quinta-feira (17), fechando em alta de 0,39%, a R$ 4,1702 na venda. É o maior valor de fechamento desde 23 de setembro, quando fechou a R$ 4,1709. O câmbio foi afetado por incertezas sobre o fluxo de dólar ao Brasil.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o dia em queda de 0,39%, aos 105.015,77 pontos, após seis altas seguidas, em meio a ruídos no cenário político doméstico, que fizeram investidores preferirem vender suas ações e embolsar o lucro.
A crise no PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, se intensificou com a decisão do governo de afastar a deputada federal Joice Hasselmann da liderança do governo no Congresso Nacional, após o envolvimento da parlamentar na polêmica disputa sobre a liderança do PSL na Câmara.
Falas do presidente do BC afetam dólar
Em Washington (EUA), no encontro anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que pode comprar dólares caso o fluxo de moeda gerado pelos leilões de petróleo gere distorções no mercado, segundo relatos de profissionais de mercado.
Os relatos da fala causaram ruído no mercado, já que há mais dólares saindo do que entrando no país —o saldo em 12 meses até setembro é o pior em 20 anos— e o mercado deposita nos leilões do pré-sal esperanças de alguma melhora na oferta de dólar.
Também afetou a cotação do dólar o aumento de apostas em cortes de juros ainda mais agressivos pelo BC, com alguns analistas prevendo cortes de 0,75 ponto tanto neste mês quanto em dezembro.
(Com Reuters)
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