Dólar emenda terceira queda, cai quase 3% e vale R$ 5,355; Bolsa sobe 2,29%
O dólar comercial fechou em queda de 2,94%, vendido a R$ 5,355. Foi o terceiro recuo seguido da moeda e, mais uma vez, a maior queda diária desde 8 de junho de 2018 (-5,59%).
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, subiu pelo terceiro dia seguido, avanço de 2,29%, a 83.170,80 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Declarações de Guedes e Bolsonaro repercutem
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que tem recebido apoio do presidente Jair Bolsonaro. Em conferência na manhã de hoje, Guedes afirmou que a agenda econômica de controle fiscal segue firme e que o governo não usará dinheiro público para salvar grandes empresas.
Na véspera, o governo divulgou que o país registrou 474 mortes pela doença, um recorde diário. Ao todo já são cerca de 5.000 mortes e mais de 70 mil casos confirmados.
Após a divulgação dos dados, Bolsonaro reagiu com desdém ao ser indagado a respeito. "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", respondeu o presidente a jornalistas.
A disseminação do coronavírus "coloca em dúvida o relaxamento do isolamento que está sendo proposto", podendo piorar esse cenário e intensificar os impactos econômicos, afirmaram analistas da Terra Investimentos.
Ainda assim, no geral, analistas veem o campo político como menos pressionado nos últimos dias, depois de gerar forte aversão a risco no mercado de câmbio recentemente.
"Após o 'Tsunami' que assolou os mercados locais nos últimos dias, fica a sensação que os agentes públicos retornaram às atenções ao combate da covid-19 e suas consequência nefastas à economia", disse em nota Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora.
"Ao declarar confiança na liderança de Paulo Guedes à frente da economia, o presidente Jair Bolsonaro afastou, por hora, as desconfianças do mercado."
Cenário internacional
As autoridades do Federal Reserve (Banco Central dos EUA) mantiveram nesta quarta-feira a taxa de juros perto de zero e repetiram a promessa de fazer o que for necessário para sustentar a economia em meio à pandemia do coronavírus, que não só vai "pesar com força" sobre a perspectiva de curto prazo, mas também apresenta "riscos consideráveis" para o médio prazo.
Ao mesmo tempo, avaliavam dados do PIB norte-americano, que caiu a uma taxa anualizada de 4,8% no período de janeiro a março. Segundo analistas, apesar de ser a pior desde a Grande Recessão, a contração já era precificada e veio próxima à expectativa.
Economistas em pesquisa da agência de notícias Reuters esperavam recuo do PIB de 4%, e as estimativas mais pessimistas chegaram a prever uma queda de 15%.
* Com Reuters
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