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Bolsa tem 2º dia de alta e sobe 0,38%; dólar cai 0,39%, a R$ 5,421

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Do UOL, em São Paulo

24/02/2021 17h23Atualizada em 24/02/2021 18h55

O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou em alta hoje (24) no segundo dia seguido de valorização após despencar 4,87% na segunda-feira (22). Hoje, o índice teve valorização de 0,38% aos 115.667,78 pontos. Ontem, a Bolsa fechara em alta de 2,27%.

As ações da Braskem lideraram os ganhos na Bolsa, com 10,14% de alta. Na outra ponta, os papéis do Carrefour caíram 2,61%.

Já o dólar comercial fechou hoje (24) em queda de 0,39% ante o real, cotado a R$ 5,421 na venda.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Ontem (23), a moeda norte-americana teve queda de 0,21% ante o real, cotado a R$ 5,442 na venda.

O dólar caiu perante algumas moedas de países emergentes, entre elas o real, à medida que os investidores avaliavam os riscos políticos e fiscais do Brasil em meio a sinalização de retomada da agenda de privatizações do governo, que também vêm afetando a Bolsa.

Investidores citavam o impacto do discurso feito na véspera pelo presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell, como um fator de pressão para o dólar no mundo todo. Powell reiterou que as taxas de juros dos EUA permanecerão baixas e que o Fed continuará comprando títulos para apoiar a economia.

Enquanto isso, no Brasil, depois que a interferência do presidente Jair Bolsonaro no comando da Petrobras abalou os mercados financeiros domésticos, os investidores paravam para analisar os riscos políticos e as perspectivas de privatizações no país.

"A repercussão havida no mercado financeiro de ceticismo e negatividade frente à intervenção do presidente (...), com reflexos em inúmeras outras estatais, além da irradiação de inseguranças e incertezas sobre as perspectivas para o país envolvido em agravados riscos impactantes, parece ter imposto ao governo a mudança de atitude assumindo, em princípio, a rota programática das privatizações", disse em nota à Reuters Sidnei Nehme, economista e diretor-executivo da NGO Corretora.

O governo Bolsonaro entregou na noite de terça-feira uma medida provisória associada a seus planos de privatização da elétrica federal Eletrobras.

"Esse noticiário em torno da Eletrobras ajuda a reduzir preocupações com a guinada intervencionista do governo", explicou à Reuters Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho.

Enquanto isso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou na terça-feira que a Casa cumprirá seu papel ao aprovar o chamado protocolo fiscal e que, nesse contexto, irá negociar com o Ministério da Economia o pagamento do auxílio emergencial o mais rápido possível.

(Com Reuters)