Bolsa tem queda de 1,47% e dólar cai pelo 3º dia seguido após alta da Selic
O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou em queda hoje (18). O índice caiu 1,47% aos 114.835,43 pontos, após o anúncio de alta da taxa básica de juros (Selic) a 2,75% ao ano, que ocorreu na noite de ontem (17).
As ações do Santander lideraram os ganhos na Bolsa, com 2,77% de alta. Na outra ponta, os papéis da Gol caíram 7,53%. Ontem (17), o índice teve uma valorização de 2,22% aos 116.549,44 pontos.
Já o dólar comercial, que abriu as negociações em queda de quase 2%, fechou em baixa de 0,30% ante o real, cotado a R$ 5,569 na venda, no terceiro dia seguido de queda da moeda.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Ontem, a moeda norte-americana teve queda de 0,59% ante o real, cotado a R$ 5,586 na venda.
A queda de hoje veio depois da decisão do Banco Central de elevar a taxa Selic para 2,75%, alta maior do que a esperada pelos mercados, apontando ainda que deverá promover novo aperto de igual magnitude na reunião de maio.
O primeiro aperto monetário do Banco Central em quase seis anos veio acima do esperado pelos participantes do mercado, que apostavam numa alta de 0,5 ponto percentual, segundo 29 de 30 especialistas consultados em pesquisa Reuters. A autarquia ressaltou uma piora nas projeções para a inflação, em meio às incertezas geradas pela pandemia.
Para Mauro Morelli, estrategista da Davos, mais do que a alta acima do esperado, chamou a atenção dos investidores a sinalização do BC de que vai promover um ajuste da mesma magnitude nos juros em sua próxima reunião de política monetária.
Para ele, com o início impactante de seu ciclo de aperto monetário, "o BC já começou com um choque de juros, o que terá influência importante sobre o câmbio".
Nos últimos anos, o Brasil saiu de um dos patamares de juros mais caros para um dos mais baratos entre os mercados emergentes, o que tem sido apontado por vários analistas como um fator de pressão para a moeda doméstica.
"Sem muitos ruídos políticos e se o país conseguir lidar melhor com a pandemia de covid-19, o real pode se beneficiar do aperto monetário que vem pela frente", afirmou Morelli à Reuters.
Também na quarta-feira, ao fim de sua reunião de política monetária, o Federal Reserve (FED, o banco central americano) repetiu a promessa de manter a meta de taxa de juros perto de zero nos próximos anos, após projetar um rápido salto no crescimento econômico dos Estados Unidos e na inflação este ano.
O maior diferencial de juros entre o Brasil e os EUA é um fator que pode beneficiar o real, disse Morelli. "Agora é começar a analisar se aparecerá um maior fluxo de capital estrangeiro e ver se as expectativas virarão realidade."
(Com Reuters)
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