Bolsa fecha em alta de 0,56%,e dólar sobe 0,44%
O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou em alta de 0,56%, a 115.418,72 pontos, tendo mínima de 114.095,70 e máxima de 115.552,84 pontos. Na semana passada, o índice acumulou queda de 1,24%.
As ações que lideraram os ganhos no dia foram do Pão de Açúcar (PCAR3.SA), com alta de 7,1% a R$ 33,64. Na outra ponta, os papéis que mais caíram foram do Santander (SANB11.SA), com queda de 2,93%, cotados a R$ 39,74.
Já o dólar comercial fechou hoje em alta de 0,44% ante o real, cotado a R$ 5,766 na venda. Na semana passada, o dólar acumulou uma valorização de 4,67% sobre o real, na maior alta semanal desde o período entre 15 e 19 de junho do ano passado, quanto subiu 5,45%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
O que influenciou o mercado nesta segunda-feira
A Bolsa paulista abriu com viés negativo, acompanhando o tom dos futuros acionários nos Estados Unidos e tendo no radar incertezas fiscais e novos ruídos políticos no Brasil, sem trégua da pandemia de covid-19. O cenário repleto de incertezas colaborava para a busca por segurança.
No domingo, o número total de óbitos provocados no Brasil pelo novo coronavírus ultrapassou a marca de 312 mil, com mais de 12,5 milhões de casos, segundo dados do consórcio de imprensa do qual o UOL faz parte.
Vários estados brasileiros estão operando sob restrições mais rigorosas de combate à covid-19, com o governo de São Paulo anunciando na sexta-feira passada a prorrogação até o dia 11 de abril da Fase Emergencial da quarentena.
"Os primeiros resultados do endurecimento do isolamento deveriam ser registrados esta semana, mas a maioria dos especialistas ainda prevê um crescimento no número de casos e mortes nos próximos 14 dias", disse em nota Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos. "A situação da pandemia segue delicada e investidores buscam avaliar até quando as medidas de isolamento agressivas impostas em diversos estados serão estendidas", completa.
A vacinação no Brasil continua em ritmo lento, com atrasos no cronograma de produção e seguidas reduções nas promessas de doses a serem entregues após uma demora do governo em negociar com laboratórios, o que deixa o país sem uma perspectiva de resolver a crise no curto prazo.
"Ao mesmo tempo, o cenário de fragilidade fiscal vai se agravando na medida em que um orçamento inexequível chega à mesa do presidente para ser sancionado, ameaçando dar um fim ao teto de gastos", completou Beyruti.
O Congresso Nacional aprovou na quinta-feira passada a proposta de LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2021. De autoria do relator Marcio Bittar (MDB-AC), o texto aprovado traz um remanejamento de recursos de mais de R$ 25 bilhões, boa parte destinada a emendas parlamentares, e retirou recursos de áreas como a Previdência e do abono salarial. O texto aprovado segue agora para sanção presidencial.
A Genial Investimentos destacou em nota matinal que o texto aprovado pelo Congresso atraiu críticas de vários setores, inclusive de técnicos do governo e economistas. "Diante disso, Bolsonaro deve propor cortes nas emendas parlamentares, o que pode gerar tensão com membros do Legislativo", disse.
Nesta segunda-feira, também ficou no radar dos investidores a notícia de que a confiança do setor de serviços brasileiro caiu a seu menor patamar em nove meses em março, de acordo com dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Além disso, o mercado deu sequência ao aumento das expectativas de inflação no Brasil neste ano ao mesmo tempo em que voltou a piorar o cenário para a economia, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira.
O levantamento com uma centena de economistas mostrou que a alta do IPCA passou a ser calculada agora em 4,81% para 2021, acréscimo de 0,10 ponto percentual em relação à estimativa anterior, na 12ª semana seguida de aumento nas contas.
O centro da meta oficial para a inflação em 2021 é de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou menos.
* Com informações da Reuters
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