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Dólar abre semana em queda de 0,24%, vendido a R$ 5,419; Bolsa sobe 0,27%

Após fechar abril em baixa acumulada de 3,49%, o dólar abriu o mês de maio com uma nova queda, de 0,24% - Cris Fraga/Estadão Conteúdo
Após fechar abril em baixa acumulada de 3,49%, o dólar abriu o mês de maio com uma nova queda, de 0,24% Imagem: Cris Fraga/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

03/05/2021 17h21Atualizada em 03/05/2021 17h40

Após fechar abril em baixa acumulada de 3,49%, o dólar abriu o mês de maio com uma nova queda, desta vez de 0,24%, cotado a R$ 5,419 na venda. A desvalorização, porém, não foi suficiente para compensar os ganhos da última sessão, quando a moeda americana registrou alta de 1,79%.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), começou o mês em alta de 0,27%, aos 119.209,48 pontos. No pregão anterior, o indicador havia registrado queda de 0,98%, deixando o patamar dos 120 mil pontos.

Destaque para as ações da Iguatemi (IGTA3), empresa que reúne shopping centers, e do Grupo CCR (CCRO3), que subiram 5,16% e 5,07% na sessão, respectivamente. Já as maiores baixas foram registradas pela Sabesp (SBSP3) e pela Braskem (BRKM5): -6,50% e -4,69%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

EUA no radar

O dia foi de pouca movimentação, com investidores ainda se preparando para a divulgação de dados sobre a indústria e o mercado de trabalho dos Estados Unidos. A expectativa é grande, uma vez que números recentes já apontaram para uma forte recuperação econômica no país.

"Indicadores de consumo e inflação [nos EUA] começam a refletir os efeitos dos estímulos fiscais adicionais lançados recentemente", explicaram à Reuters analistas do Bradesco, destacando que isso "não deve ser suficiente para mudar a postura do Federal Reserve, que pretende manter a política monetária inalterada até que a inflação se estabilize de forma sustentada um pouco acima de 2% e que o emprego retorne aos níveis observados antes da pandemia".

A perspectiva de juros baixos por mais tempo nos EUA é citada por boa parte dos especialistas como um possível fator de pressão para o dólar em relação a moedas de países emergentes, como o real, porque pode levar à busca dos operadores por rendimentos mais altos em outros lugares.

Importância das reformas

Enquanto isso, no Brasil, o mercado passa a acompanhar a agenda de reformas e privatizações depois que algum alívio na frente fiscal — decorrente da sanção com vetos do Orçamento de 2021 — ajudou a moeda brasileira a recuperar terreno em abril.

"A despeito de todos os desafios, ainda há uma agenda positiva em andamento", disse Dan Kawa, CIO da TAG Investimentos.

Paralelamente, também está no radar o relatório final da reforma tributária, que deve ser lido amanhã em reunião da comissão mista do Congresso, segundo informado pela assessoria do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator do texto.

(Com Reuters)