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Dólar cai 0,73% e volta a fechar abaixo de R$ 5,30; Bolsa fica estável

Em maio, a moeda americana já acumula queda de 2,85%; no ano, porém, o dólar registra alta de 1,70% - Kevin David/A7 Press/Estadão Conteúdo
Em maio, a moeda americana já acumula queda de 2,85%; no ano, porém, o dólar registra alta de 1,70% Imagem: Kevin David/A7 Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

20/05/2021 17h21Atualizada em 20/05/2021 18h36

Após a alta de 1,17% na véspera, o dólar voltou a cair e fechar o dia abaixo de R$ 5,30. Com a queda de 0,73% registrada hoje, a moeda americana encerra a quinta-feira vendida a R$ 5,277 — o que representa desvalorização de 2,85% frente ao real desde o início do mês.

No ano, porém, o dólar ainda acumula alta de 1,70% ante a moeda brasileira.

Já o Ibovespa terminou o dia praticamente estável, tendo registrado leve alta de 0,05%, aos 122.700,79 pontos. Em maio, o balanço é positivo para o principal indicador da Bolsa de Valores brasileira (B3), que já soma alta de 3,20% desde o dia 3, data do primeiro pregão do mês.

Destaque para as ações da Locamerica (LCAM3) e da Localiza (RENT3), que registraram alta de 5,12% e 4,53% na sessão, respectivamente. As maiores baixas, em contrapartida, ficaram com Suzano (SUZB3) e YDUQS (YDU13): -4,19% e -3,06%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Atenção ao Fed

O mercado ainda repercute a ata da reunião de abril do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos), que indicou que "algumas" autoridades estão prontas para começar a avaliar mudanças na política monetária com base no rápido e contínuo progresso da recuperação econômica dos EUA.

"Os investidores ainda estão analisando o que o Fed quer dizer, como seria uma retirada de estímulos, então ainda há muita dúvida", disse à Reuters Thomás Gibertoni, analista da Portofino Multi Family Office.

Qualquer fala sobre aumento de juros nos EUA atrai capital para o país, o que acaba prejudicando ativos de risco, principalmente os emergentes [como o real].
Thomás Gilbertoni, da Portofino Multi Family Office

Em meio à incerteza, Gilbertoni explicou que os mercados internacionais devem trabalhar com maior volatilidade daqui para frente, ao sabor dos comentários das autoridades do Fed sobre as perspectivas da política monetária. "Teremos 'overshooting' num dia, no outro o mercado acomoda um pouco mais. Hoje é dia de acomodação", afirmou, referindo-se à queda do dólar.

CPI e Eletrobras

Paralelamente, no cenário doméstico, investidores seguem atentos aos desdobramentos da CPI da Covid, que hoje ouviu pela segunda vez o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Também chamava a atenção a notícia de que a Câmara dos Deputados aprovou ontem uma MP (Medida Provisória) para privatização da Eletrobras, encaminhando o texto para votação no Senado.

A votação foi considerada uma vitória do governo federal no processo de desestatização, que poderá levantar bilhões de reais para a União.

"Se as pautas reformistas e de privatização caminharem, o nosso risco-país será percebido de maneira mais positiva e pode atrair capital para nossos mercados", explicou Gibertoni, acrescentando que a perspectiva de aumento de juros no Brasil também colaboraria para a entrada de mais fluxos nos mercados domésticos.

(Com Reuters)