Dólar acumula alta na 1ª semana do ano e chega a R$ 5,632; Bolsa cai 2%
O dólar fechou a sexta-feira (7) em queda de 0,85%, vendido a R$ 5,632, chegando a segunda sessão seguida de perdas. A sequência de resultados negativos, porém, não foi suficiente para compensar as altas anteriores, e a moeda americana encerrou a primeira semana de 2022 com valorização acumulada de 1% frente ao real.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), terminou a semana com balanço negativo. Mesmo com alta de 1,14% registrada hoje, o indicador acumulou queda de 2,01% desde segunda-feira (4), chegando aos 102.719,47 pontos, depois de fechar o ano passado na casa dos 104 mil pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Dados dos EUA repercutem
Investidores reagiram hoje aos mais recentes dados divulgados pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, que indicaram a criação de 199 mil postos de trabalho fora do setor agrícola no país em dezembro.
Embora os números tenham decepcionado, ficando abaixo da expectativa segundo pesquisa da Reuters — 400 mil empregos —, dados de novembro foram revisados para cima, de 210 mil para 249 mil novos postos de trabalho. Além disso, a taxa de desemprego nos EUA caiu para 3,9%, ante 4,2% em novembro.
"Isso já é praticamente abaixo de [uma taxa de desocupação condizente com] pleno emprego; ou seja, é um mercado de trabalho extremamente aquecido, uma recuperação impressionante para os EUA como um todo", comentou à Reuters Gustavo Cruz, economista e estrategista da RB Investimentos.
Expectativa para juros
Gustavo Cruz, da RB Investimentos, também chamou a atenção para o salário médio nos EUA, que, ainda segundo o Departamento do Trabalho, subiu 0,6% em dezembro. Isso é um forte argumento a favor de um aumento de juros pelo Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) já em março deste ano, disse o especialista.
Juros mais altos nos EUA aumentam a rentabilidade dos títulos soberanos americanos, considerados um investimento muito seguro, o que tende a atrair mais recursos para o país e, consequentemente, fortalecer o dólar.
(Com Reuters)
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