Nos últimos meses, a inflação voltou com força no Brasil e tem pesado no bolso dos brasileiros. O IPCA é o índice oficial que mede a inflação no país e fechou 2021 acima dos 10% no acumulado em 12 meses.
A inflação diminui o poder de compra do dinheiro, ou seja, o dinheiro vale cada vez menos. Ao longo do tempo, os produtos e serviços que consumimos ficam mais caros, e com isso precisamos de mais dinheiro para comprar os mesmos itens.
Como proteger seus investimentos do efeito negativo da inflação?
Aplicar em opções atreladas à inflação é a melhor maneira de manter o dinheiro valorizado no médio e longo prazo.
E nesse contexto, uma alternativa interessante e acessível a todos os bolsos é o Tesouro IPCA, que é um título de renda fixa emitido pelo Tesouro Nacional.
Os títulos públicos são os investimentos mais populares e seguros do país. Na prática, o investidor empresta o dinheiro ao governo e recebe o valor acrescido de juros no vencimento.
Entenda por que o título entrega um rendimento acima da inflação
O Tesouro IPCA é o único título público que garante um rendimento acima da inflação, que é conhecido como rendimento real.
Nesses títulos, a rentabilidade é híbrida, pois combina uma parte do rendimento pós-fixada e outra parte prefixada.
A parte pós-fixada vai acompanhar a variação da inflação, medida pelo IPCA. Já a parte prefixada é definida no momento da aplicação. Assim, você sabe exatamente quanto vai receber de rendimento fixo. Essa parte fixa é o rendimento real, ou seja, o ganho acima da inflação que garante que o seu dinheiro não vai perder valor.
Atualmente, as taxas prefixadas desses títulos estão acima dos 5% ao ano.
Mas atenção: a taxa contratada só é paga no vencimento. Caso você resgate o dinheiro antes, poderá receber uma taxa diferente, que pode ser maior ou menor do que a combinada. Se for menor, você pode ter perda financeira, porque o valor de resgate será menor do que o aplicado inicialmente.
Por isso, é importante aplicar a parte da carteira de investimentos que você não vai precisar usar no curto prazo.
Uma vantagem é que você encontra datas diferentes de vencimento e pode aplicar para projetos de médio e longo prazo.
Quais os títulos IPCA disponíveis?
O Tesouro Nacional oferece duas modalidades de títulos atrelados à inflação:
- Tesouro IPCA+: nessa opção, você recebe o valor aplicado mais todo o rendimento acumulado no vencimento do título.
- Tesouro IPCA+ com juros semestrais: nessa opção, a cada seis meses você recebe o valor do rendimento acumulado no período, que é chamado de cupom.
Assim, você antecipa o recebimento do rendimento e, no vencimento do título, recebe o valor principal.
Essa modalidade é interessante para quem quer complementar renda com os rendimentos ou não quer esperar até o vencimento para receber juros.
Conheça os custos para investir
Para investir no Tesouro IPCA, existem duas taxas, uma cobrada pelos bancos ou corretoras e outra cobrada pela B3, que a é Bolsa de Valores, pelos serviços de guarda dos títulos e outros serviços prestados.
A maioria dos bancos e corretoras isenta os clientes da taxa de administração. Procure uma instituição em que você não pague por essa tarifa.
A taxa da B3 teve redução a partir desse ano. A taxa é 0,20% ao ano, cobrada sobre o total, valor aplicado mais rendimento, e proporcional ao período que o dinheiro ficar aplicado.
A cobrança acontece em duas datas, no primeiro dia útil dos meses de janeiro e julho.
Imposto de Renda
O Imposto de Renda incide apenas sobre o rendimento, cobrado no vencimento do título, recebimento dos juros semestrais (cupom) ou se você fizer o resgate antecipado.
A cobrança segue a tabela de renda fixa:
Prazo de investimento/alíquota de IR
- Até 180 dias: 22,5%
- De 181 até 360 dias: 20%
- De 361 até 720 dias: 17,5%
- A partir de 721 dias: 15%
No Tesouro IPCA+ com juros semestrais, cada recebimento de juros obedecerá a alíquota de imposto de acordo com a data inicial de aplicação. Exemplo: o primeiro cupom é pago seis meses depois da aplicação; logo o imposto será de 22,5%.
O UOL Economia é de propriedade do Universo Online S.A., sociedade que controla as empresas do Grupo UOL. O Grupo UOL tem em sua composição empresas que exercem atividades reguladas no setor financeiro. Apesar de o Grupo UOL estar sob controle comum, os executivos responsáveis pelo Banco Seguro S.A. são totalmente independentes e as notícias, matérias e opiniões veiculadas no portal tem como único objetivo fornecer ao público elementos a título educacional e informativo sobre o mercado e produtos financeiros, sendo baseadas em dados de conhecimento público na data de sua divulgação, conforme fontes devidamente indicadas, e condições mercadológicas externas ao Grupo UOL que podem ser alteradas a qualquer momento, mas sem constituir qualquer tipo de relatório de análise, recomendação, oferta ou solicitação de compra e/ou venda de qualquer produto.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.