Dólar despenca 2,15%, a R$ 4,943; Bolsa tem 5º dia consecutivo de alta
O dólar emendou, nesta terça-feira (17), sua quarta desvalorização, dessa vez em uma baixa de 2,15% e a R$ 4,943 na venda. Assim, a cotação da moeda estrangeira retornou aos R$ 4 depois de quase duas semanas — a última vez havia sido em 4 de maio, quando fechou em R$ 4,903.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), subiu 0,51% e encerrou o pregão aos 108.789,33 pontos. Esse é o quinto dia seguido de alta do índice.
O movimento acompanha a tendência de desvalorização da divisa no exterior, enquanto os investidores monitoram a possibilidade de alívio nas restrições de combate à covid-19 na China.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Cenário externo é principal fator
Fernando Bergallo, diretor de operações da assessoria de câmbio FB Capital, disse à Reuters que as movimentações dos ativos antes da abertura do mercado já indicavam "movimento nítido de inclinação a risco, acho que o 'driver' principal é o cenário externo".
Ele destacou o noticiário sobre a disseminação da covid-19 na China, que dava sinais de arrefecimento. Xangai, por exemplo, atingiu o esperado marco de três dias consecutivos sem novos casos de covid-19 fora das zonas de quarentena nesta terça-feira.
Essa conquista geralmente significa um status de "zero covid" para as cidades chinesas e o início da suspensão de restrições de combate à doença.
Os mercados internacionais haviam sofrido nas últimas semanas por temores de que lockdowns na segunda maior economia do mundo levariam a uma desaceleração econômica mundial.
Colocando panos quentes sobre esses medos por ora, dados desta terça mostraram que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da zona do euro foi mais forte do que o anteriormente esperado no primeiro trimestre.
Já o real havia sido bastante beneficiado no primeiro trimestre pelo ambiente de juros domésticos elevados —que tende a atrair recursos para o mercado de renda fixa— e pela disparada dos preços de várias commodities no mercado internacional.
A taxa Selic está atualmente em 12,75% ao ano.
*Com Reuters
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