Com Bolsonaro no JN e especulação do BC dos EUA, dólar cai e Bolsa sobe

O dólar comercial fechou em baixa de 1,31% e cotado a R$ 5,099 hoje. O euro, que ontem teve valor inferior ao dólar pela primeira vez em 20 anos, caiu novamente e encerrou a R$ 5,082.

No cenário externo, o dia é marcado por especulações do que trará o próximo anúncio do Fed (Federal Reserve), o Banco Central dos Estados Unidos, marcado para sexta-feira (26). Em meio ao receio de recessão global, também há esperança de que a chefia do banco alivie a alta de juros.

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Mais recentemente, falas de dirigentes do Fed vieram na linha mais dura, o que empurrou o dólar para cima no mundo, mas a perspectiva de uma desaceleração econômica tem estimulado apostas numa amenização de tom por parte do Fed —e os dados de hoje endossaram de forma explícita essa tese.

Na cena interna, o economista Victor Beyruti, da Guide Investimentos, citou a entrevista do presidente e candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro, ao Jornal Nacional, da TV Globo. "O assunto economia foi pouco tratado na entrevista, mas o atual presidente sinalizou que seguirá com a agenda de reformas em um eventual segundo mandato", disse o profissional da Guide.

A campanha do presidente viu como positiva a participação do candidato à reeleição na entrevista, sem ter cometido nenhum grande escorregão, disseram duas fontes da equipe na noite de segunda-feira. Bolsonaro afirmou ao JN que irá reconhecer o resultado das eleições de outubro "desde que sejam limpas e transparentes".

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Ibovespa tem alta

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), subiu 2,13%. Aos 112.857,10 pontos hoje, o índice foi puxado, principalmente, por ações da Americanas, que subiu quase 16%, e Vale.

Na visão de economistas do Bradesco, as atenções globais seguem voltadas para o simpósio de Jackson Hole, principalmente dada a preocupação de investidores com a chance de uma estratégia mais rígida na política monetária por parte do Fed.

*Com Reuters