Dólar cai a R$ 5,101, Bolsa cai 0,59%, e Americanas despenca
O dólar comercial caiu 1,55% hoje e encerrou o dia cotado a R$ 5,101. Esse é o menor valor da moeda estrangeira desde 30 de agosto de 2022, quando fechou a R$ 5,113.
Os investidores aguardavam hoje o anúncio das primeiras medidas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a divulgação dos dados da inflação nos Estados Unidos.
Em meio aos esforços da ala econômica do governo para ganhar a confiança dos mercados, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou suas primeiras medidas, seguido de coletiva de imprensa.
Ele apresentou um plano de ajuste de até R$ 242,7 bilhões. Assim, a expectativa é de reverter o déficit previsto atualmente e fechar o ano no azul.
No exterior, o foco recaiu sobre dados de inflação nos Estados Unidos, que confirmaram alívio na alta do núcleo dos preços. Assim, o dólar tende a se desvalorizar globalmente, uma vez que reforçam a visão de que o Federal Reserve, o Banco Central norte-americano, poderia abrandar seu ciclo de aperto monetário.
Dados recentes de inflação nos Estados Unidos se moveram na "direção certa" o que permite que o Fed "manobre de forma mais deliberada" em sua luta para reduzir o ritmo dos aumentos de preços, disse o presidente do Federal Reserve de Richmond, Tom Barkin, hoje.
Bolsa caiu 0,59%, após ações da Americanas despencarem 77%
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), caiu 0,59% e fechou o pregão aos 111.850,22 pontos. A sessão foi marcada pelo tombo das ações das Americanas (AMER3), que hoje sofreram desvalorização de 77,42%.
O que aconteceu:
- O CEO da Americanas, Sergio Rial, renunciou ao cargo ontem, depois do fechamento do mercado. Ele ficou apenas 10 dias no cargo.
- Ele substituiu Miguel Gutierrez, que estava na Americanas havia quase 30 anos. Quem assume, agora, de forma interina é João Guerra.
- A empresa identificou um buraco contábil de R$ 20 bilhões durante uma análise preliminar.
- Em documento aos acionistas, a Americanas disse que "ainda não é possível determinar todos os impactos de tais inconsistências na demonstração de resultado e no balanço patrimonial. Entre as inconsistências, a área contábil identificou a existência de operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem acima, nas quais a companhia é devedora perante instituições financeiras e que não se encontram adequadamente refletidas na conta fornecedores".
(Com Reuters)
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