Dólar fecha em R$ 5 e tem menor valor em 10 meses; Bolsa fecha em alta
O dólar comercial fechou a sessão de hoje em queda de 1,15%. A cotação ficou em R$ 5. Esse foi o menor valor de fechamento em 10 meses, quando ficou em R$ 4,99 em 10 de junho de 2022.
Como ficou o mercado hoje
Dólar para turismo tem cotação diferente. Nas casas de câmbio, o dólar para turismo é negociado a R$ 5,22 para compra de papel moeda e a R$ 5,48 para os cartões pré-pagos. A fonte é do Melhor Câmbio, para casas de câmbio em São Paulo.
Bolsa também subiu. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou esta terça-feira (11) em alta de 4,29%, aos 106.213,76 pontos. É o maior valor desde fevereiro, quando o índice atingiu 107.592 pontos. No ano, a Bolsa ainda está em queda de 3,21%.
O que aconteceu
IPCA veio abaixo do esperado pelo mercado financeiro. "De olho no local, mercado deve ajustar posições depois de o IPCA ter vindo abaixo da mediana do mercado. Esse alívio deve estimular o real e a bolsa", disse à Reuters Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital. Foi a primeira vez desde janeiro de 2021 que o IPCA acumulado em 12 meses fica abaixo de 5%, chegando a 4,65%.
A possibilidade de queda dos juros fica mais próxima. Com a inflação desacelerando - crescendo em um ritmo menor - a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) pode ser mais leve, diz André Fernandes, diretor de renda variável e sócio da A7 Capital
Juros altos podem estar próximos do fim. Vai ficar difícil agora para o Banco Central sustentar os juros em 13,75% ao ano, segundo Breno Bonani, analista da OnTick Invest, de Vitória (ES). Ele acredita que, no começo, haverá diminuição leve da taxa, nada tão abrupto.
Investidores migram de investimentos. Com a possível queda nos juros, o investidor vai para ativos de maior risco, como a Bolsa, e retira de ativos mais seguros, como o dólar e títulos atrelados ao DI. "Por isso, temos o dólar caindo hoje", diz Guilherme Lamonica, especialista em investimentos e sócio da Matriz Capital.
Exportadoras também ajudam na queda do dólar. Com safras recordes, as exportadoras estão com os ganhos em alta - e trazem boa parte desses recursos em dólar para o país. Isso aumenta o fluxo da moeda e contribui para a queda em relação ao real, diz Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho.
Como está o cenário externo
Outro fator que faz as ações subirem hoje é a China. Foram divulgados dados de que o governo chinês vai continuar investindo na construção civil e isso beneficia empresas brasileiras como a Usiminas, explica Rodrigo Moliterno, diretor de renda variável da Velha Investimentos.
Investidores aguardam dados sobre inflação nos Estados Unidos. Qualquer dado forte no relatório de inflação deve alimentar apostas de que o Federal Reserve continuará elevando os juros em sua próxima reunião de política monetária, no início de maio.
Quanto mais altos os juros nos EUA, mais o dólar tende a se beneficiar. Isso porque investidores optam por colocar recursos no mercado de renda fixa norte-americano.
Por outro lado, com a taxa Selic ainda em 13,75%, o Brasil oferece rentabilidade atraente para agentes financeiros externos. Isso tem sustentado o patamar do real nas últimas semanas.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
(Com Reuters)
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