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Mineiro abre franquia de loja que vende goiabada e doce de leite de 500 kg

Carlos Eduardo Cherem

Do UOL, em Belo Horizonte (MG)

23/09/2013 06h00

O empresário Gláucio Peron, 39, herdou do avô materno o nome e da avó materna, Ilza, as receitas dos doces que produz em Poços de Caldas (a 451 km de Belo Horizonte - MG), em peças de tamanhos gigantes, entre cem quilos e meia tonelada.

A ideia de produzir doces tão volumosos veio de suas viagens. Ele diz que viu queijos gigantes em algumas cidades e percebeu que havia mercado para isso. Criou a Doce da Roça e comercializa as peças para hotéis, restaurantes, empórios e padarias gourmet.

Em junho deste ano, a empresa virou franquia. “A meta é estar nos 12 Estados onde serão realizados os jogos da Copa do Mundo até o ano que vem. Mas a prioridade nesse início é o mercado de São Paulo”, diz Peron.

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Para ser um franqueado da rede, o investimento inicial é de R$ 250 mil. A projeção é de um giro mensal em torno de R$ 70 mil e o lucro em torno de 20% (R$ 14 mil).  O negócio funciona com oito empregados e o retorno do investimento é estimado para 19 meses.

Hoje, a empresa produz quase 40 toneladas por mês de doces gigantes. A maioria é de 100 kg e 200 kg, mas a companhia também fabrica doces de 300 kg e 400 kg.

As guloseimas, normalmente, são expostas inteiras e vendidas fatiadas. A peça de 500 kg custa R$ 9.450 e tem prazo de validade de quatro meses. “Não é muito comum uma pessoa comprar a peça inteira. Só estabelecimentos comerciais”, diz o empresário. Ele diz que são vendidas apenas duas peças de meia tonelada por mês.

Ao todo, a empresa oferece 12 sabores de doces: abóbora com coco, cocada com ameixa, cocada com banana caramelizada, coco queimado, doce de leite, doce de leite com ameixa, goiabada tradicional e cascão, manjar com ameixa, pingo de leite com amendoim, prestígio e sidra.

O carro-chefe é o doce de abóbora com coco, que representa 40% da produção.

Empresa começou produção com 18 toneladas

A indústria, criada em 1995, comercializava algo em torno de 18 toneladas de doces por mês para padarias, armazéns e supermercados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que representavam algo em torno de 70% da vendas da Doce da Roça. O restante, era comercializado em Minas Gerais.

O empresário afirma que foi em 2010, quando ele abriu um showroom (loja de mostruários) no centro de Poços de Caldas para divulgar os doces, que o negócio começou a crescer. O espaço funciona até hoje.

Para diversificar a oferta de produtos no espaço, Peron levou mais de 150 alimentos típicos da região, entre eles, linguiça, doces cristalizados, doces em compotas, carne suína em lata e queijos mineiros. Para isso, negociou o fornecimento com 20 produtores locais.

Para dar um toque rural ao ambiente, as atendentes usam roupas de chita. No local também é servido café no coador de pano, bolo assado no fogão a lenha, tudo ao som de viola. Com isso, segundo ele, as vendas da Doce da Roça dobraram. O empresário, no entanto, não informa o faturamento.

Exposição em feiras e eventos nacionais impulsionou negócio

No ano passado, o empresário começou a participar de programas do Sebrae Minas (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais), que possibilitaram a sua participação em feiras e eventos nacionais para divulgar seus produtos.

Segundo ele, a exposição vem garantindo a ampliação das vendas. Agora, a aposta da empresa é a abertura de franquias.

“O crescimento com esse modelo é mais rápido porque os investimentos são feitos por terceiros. Já estamos em negociação com alguns potenciais franqueados”, afirma Peron.

Abrir franquia é um risco, mas acelera expansão do negócio, diz especialista

Segundo a coordenadora do programa Minas Franquia do Sebrae, Alessandra Simões, o principal risco para uma empresa ao tornar-se franqueadora é a perda de hegemonia na venda de algum produto.
 
O programa, feito em parceria com a ABF (Associação Brasileira de Franchising),  auxilia pequenas empresas a se estruturarem para adotar o sistema de franquia.
 
“A franquia traz alguns riscos para uma empresa. O principal deles é a perda da hegemonia no negócio e a transferências de segredos. Mas as possíveis desvantagens podem ser eliminadas com estratégias bem definidas e uma cooperação entre franqueadores e franqueados”, diz.
 
Para a especialista, as principais vantagens para as franqueadoras, sobretudo as pequenas companhias, são a possibilidade de rápida expansão e a maior participação no mercado.
 
Com o aumento de escala e o desenvolvimento de uma rede, diz Simões, a franqueadora ainda obtém uma melhoria de sua imagem corporativa aumentando, com isso, sua rentabilidade. “A empresa vai ter maior vantagem competitiva”.
 
“O vínculo entre franqueador e franqueado alimenta o desenvolvimento da marca. A empresa, que já é a melhor no que faz na região em que atua, liga-se à outra. Essa amarração sustenta o desenvolvimento do negócio”, afirma a analista.
 

Onde encontrar

Doce da Roça: Avenida Monsenhor Alderige, 176, Jardim Country Club, Poços de Caldas (MG). Fones: (35) 3715-5314 / 4141-2240. Site: www.docedaroca.com.br.