Sem nunca ter entrado em sex shop, ele criou feira erótica; veja dicas
O publicitário Evaldo Shiroma, 52, nunca tinha entrado em uma sex shop quando resolveu criar a Erótika Fair, feira do mercado erótico e sensual, em 1997.
O evento, que começa nesta sexta (1º), em São Paulo, e vai até domingo (3), chega à sua 23ª edição com a expectativa de atrair 30 mil visitantes e cerca de 8.000 empresários do setor.
Shiroma também é idealizador de um parque erótico, mas, segundo ele, o projeto está paralisado por divergência entre os sócios. O local inicialmente previsto, na região de Piracicaba (a 160 km de São Paulo), foi descartado. Ele estima investimentos da ordem de R$ 200 milhões para o negócio.
“O parque erótico é o meu sonho de vida. Quero deixar um legado. Após a divulgação do projeto, recebi contato de investidores de todo o mundo interessados na iniciativa. Estamos procurando o melhor local”, diz.
Pole dance e batalha de striptease
Enquanto isso, ele mantém o foco na feira erótica, que mira dois públicos distintos: empresários do segmento, com oportunidades de negócio e palestras de capacitação, e o consumidor final, com venda de produtos e shows de pole dance, batalha de striptease, entre outras atrações.
Mas, mesmo sendo um evento já consolidado, ele ainda enfrenta desafios para realizá-lo. “Há pavilhões em São Paulo que se recusam a sediar a feira por causa do tema”, afirma.
Ele mesmo diz que não tinha nenhuma familiaridade com o assunto quando resolveu criar uma feira para o mercado erótico. Trabalhava com organização de feiras e eventos e identificou a oportunidade a partir de reportagens na televisão.
Clube secreto para mulheres
“Fiz uma pesquisa informal e descobri que era um mercado com muito potencial, só que mal explorado. A primeira vez em que entrei em uma sex shop, estacionei o carro bem longe e entrei correndo para não ser visto. Saí com a melhor impressão possível. Criou muitas possibilidades para mim, inclusive para meu casamento”, diz ele.
De lá para cá, ele já realizou outros projetos na área, como saraus eróticos e um clube secreto para mulheres, o The Secrets Club. Foi um dos fundadores da Abeme (Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual).
Com quase 20 anos de experiência na área, ele dá cinco dicas para quem deseja empreender no mercado erótico:
1. Não precisa gostar de sexo
Shiroma diz que o mercado erótico é como outro segmento de negócio qualquer. “Não precisa gostar de sexo, precisa gostar de trabalhar e de ganhar dinheiro”, diz ele. No entanto, ter afinidade com a área ajuda, já que, assim, o empresário estará mais disposto a experimentar os produtos e fazer as indicações certas para os clientes, por exemplo.
2. Atraia as mulheres
Ele diz que as mulheres são as grandes consumidoras de produtos eróticos e sensuais e são o melhor público a ser mirado. “A mulher se preocupa com o antes, o durante e o depois do sexo. O homem só quer saber do finalmente. E faltam opções de entretenimento para elas. Há grandes oportunidades aí.”
3. Foque em saúde e bem-estar
Shiroma diz que o mercado erótico não é sacanagem e, sim, uma questão de saúde e bem-estar. “Trabalhar os produtos eróticos sob essa ótica atrai e fideliza clientes e pode transformar vidas”, afirma.
4. Não tenha preconceitos
Ele diz que, apesar da evolução e crescimento do setor nos últimos anos, pautado, principalmente, por sucessos como o livro e o filme “50 Tons de Cinza”, o filme “De Pernas pro Ar” e o programa “Amor & Sexo” (TV Globo), que ajudam a desmistificar o tema, o setor ainda é marginalizado. “Venha de peito aberto que você vai perceber que não é nenhum bicho de sete cabeças.”
5. Seja discreto
Discrição é o segredo do sucesso nesse mercado, segundo Shiroma. “Lojas virtuais e a venda direta, com consultoras porta a porta, são boas maneiras de ganhar dinheiro na área”, diz.
Serviço:
Erótika Fair
Data: de 1 a 3 de abril
Local: Pro Magno - Centro de Eventos
Acesso de veículos - Rua Samaritá, 230 – Casa Verde - São Paulo - SP
Acesso de pedestres - Av. Professora Ida Kolb, 513 – Casa Verde - São Paulo - SP
Horário: Das 10h às 14h somente para imprensa e profissionais do setor
Das 14h às 22h acesso ao público em geral (apenas maiores de 18 anos)
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