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Casal fã da Disney larga emprego, cria agência de viagem e fatura R$ 1,7 mi

Felipe Magalhães e Rebeca Lopes foram à Disney oito vezes como turistas - Divulgação
Felipe Magalhães e Rebeca Lopes foram à Disney oito vezes como turistas Imagem: Divulgação

Larissa Coldibeli

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/05/2017 04h00

Apaixonado pela Disney, o casal Rebeca Lopes, 31, e Felipe Magalhães, 32, abandonou seus cargos em multinacionais para se dedicar a uma agência de viagens especializada, a Rumo a Orlando. Ao apostar em um sonho, eles trocaram uma renda anual de R$ 95 mil como assalariados, em 2014, por um lucro de mais de R$ 300 mil dois anos depois.

Em 2016, eles movimentaram R$ 1,7 milhão em vendas. Para 2017, a expectativa é faturar R$ 2,8 milhões e lucrar R$ 480 mil. Eles vendem passagens aéreas, hospedagem, ingressos para parques, aluguel de carro, seguro-viagem e roteiros personalizados.

O negócio começou em 2009, informalmente, com a venda de roteiros. “Nós já tínhamos ido umas oito vezes para lá como turistas. Começamos a fazer roteiros organizando o dia a dia da viagem para amigos que pediam dicas e foi crescendo. Criamos uma página e outros clientes começaram a surgir”, diz Magalhães.

Roteiro considera até o gosto do viajante para comida

Os roteiros levam em conta o estilo dos viajantes: quanto pretendem gastar, se gostam de atividades radicais ou não e até as preferências gastronômicas.

Um roteiro que organiza o dia a dia da viagem custa, em média, R$ 450 para até 15 dias. Mas há opções de R$ 380 a mais de R$ 1.000. O preço varia de acordo com a duração da viagem e o nível de personalização. O valor se refere apenas à organização da viagem e não inclui gastos com passagem aérea, acomodação, ingressos etc.

Foi só em 2015 que eles incluíram a venda de outros serviços e passaram a ser uma agência de viagens totalmente online. No mesmo ano, o casal se mudou para Orlando. “Sentimos a necessidade de estar lá para gerar conteúdo para as redes sociais. Postamos muitos vídeos com dicas que ajudam os viajantes e ajudam nas vendas”, afirma.

Rebeca, que é formada em Letras, trabalhava na área administrativa da Coca-Cola, e Magalhães trabalhava com gestão de projetos de tecnologia na empresa de consultoria Accenture.

“Hoje a gente olha para trás e pensa por que não fizemos essa mudança de carreira antes?”

Apesar de o negócio sofrer com a alta do dólar, o empresário diz que Orlando é um destino fácil de se vender. “A Disney é um sonho para muita gente. As pessoas deixam de trocar de carro para viajar para lá. E mesmo quem já foi acaba voltando, porque os parques sempre têm novidades”, declara.

Competem com informações e serviços online para turistas

Organizar uma viagem para Orlando não é tão complexo, pois o volume de informação disponível sobre o local é muito grande, além de ser possível reservar hotel, comprar passagem aérea e ingressos online, segundo Alberto Ajzental, professor de estratégia de negócios da FGV (Fundação Getúlio Vargas). 

"É difícil eles trazerem algum diferencial porque Orlando é uma viagem padrão, sem grandes desafios. É possível se organizar sozinho, sem uma agência. Eles têm que garimpar coisas diferentes, lugares alternativos, programas feitos por locais. Morar lá ajuda nisso", declara.

Onde encontrar:

Rumo a Orlando: www.rumoaorlando.com.br