Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

10 passos para começar (e terminar) 2014 sem dívidas

Sophia Camargo

Do UOL, em São Paulo

11/12/2013 06h00

Livrar-se das dívidas e começar 2014 no azul, com controle sobre suas finanças é projeto perfeitamente realizável, desde que o consumidor siga alguns passos simples, com disciplina e organização.

O economista Flávio Calife, da Boa Vista Serviços, empresa que administra o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), dá algumas dicas de como fazer de 2014 um ano para ter o controle das finanças.

1) Descubra se está com o nome sujo – Por incrível que pareça, muita gente só vai descobrir que está com o nome sujo quando precisa de crédito. O esquecimento de uma parcela, um cheque sem fundo ou uma conta sem pagar têm potencial para sujar o nome.

Para descobrir se isso ocorreu, é preciso fazer uma pesquisa nos serviços de proteção ao crédito e cartórios de protestos. Há diferentes listas, como SCPC e Serasa.

No site Consumidor Positivo do SCPC (Boa Vista), é possível se cadastrar e descobrir a situação do CPF sem sair de casa.

Pelo site da Serasa também é possível consultar gratuitamente a situação do CPF sem sair de casa. Veja endereços se preferir ir pessoalmente.

O SPC Brasil só atende em postos físicos (confira os locais).

2) Se estiver com o nome sujo, procure o credor – Na própria pesquisa, irá descobrir para quem está devendo. Algumas lojas e bancos já permitem negociação virtual e oferecem alternativas para pagar essa dívida durante a própria consulta. Tanto a Boa Vista Serviços quanto a Serasa oferecem em seus sites a possibilidade de negociação com os credores via internet. Se não for o caso, o devedor deve procurar o credor para negociar o pagamento e  limpar o nome.

3) Evite intermediários – Calife diz que utilizar-se de empresas que renegociam dívidas aumenta o custo para o devedor. Para ele, é melhor que o próprio devedor faça as suas contas e negocie diretamente.

4) Nunca empreste o nome – O empréstimo do nome (fazer um crediário em seu nome para um parente ou amigo) é, depois do desemprego e do descontrole financeiro, a terceira causa de negativação do nome. Quem está com o nome sujo é que vai ter de correr atrás para quitar a dívida, pois o credor vai cobrar do titular da débito.

5) Pague o que realmente puder pagar – Um dos maiores erros de quem renegocia dívidas é fechar o acordo em bases irreais, diz Calife. Segundo o economista, mais de 50% dos consumidores que renegociam suas dívidas voltam para o cadastro de inadimplentes em até 12 meses. "Isso acontece porque as pessoas não planejam dentro do seu orçamento, na medida das suas possibilidades e fecham qualquer acordo só para tirar o nome do cadastro."

6) Saiba quanto ganha e quanto gasta – Segundo Calife, a maioria das pessoas não tem ideia de quanto gasta, e muitas vezes, nem de quanto ganha. Os custos fixos como alimentação, impostos e despesas de casa, costumam consumir cerca de 70% da renda, em média. Daí sobram apenas 30% para consumir e fazer uma poupança. Depois de colocar tudo no papel, é possível cortar as despesas supérfluas e fazer um planejamento para pagar as dívidas. Feito o planejamento, é preciso executá-lo.

7) Reorganize a vida – Se as despesas são muito maiores do que a renda, é preciso reorganizar a vida. Obter outro emprego, uma renda extra, cortar gastos inúteis, diminuir despesas. Toda a família deve ajudar. O fim do ano é uma época propícia para obter uma renda extra com o aumento dos empregos temporários.

8) Fuja das dívidas caras – Um deslize, um esquecimento, uma despesa extra, podem fazer você entrar no cheque especial ou não pagar a fatura do cartão de crédito. Mas isso não pode ser regra. Os juros dessas modalidades de crédito são muito altos e podem fazer a dívida se tornar impagável. Ao perceber que está perdendo o controle, é melhor trocar a dívida por outra cujos juros são menores, como crédito consignado ou crédito pessoal. Isso deve ser feito antes de estar com o nome sujo, pois depois tudo fica mais difícil.

9) Crie uma poupança para emergências – Calife diz que à medida que a família vai evoluindo no planejamento financeiro, ela deve planejar uma poupança que não deve ser usada no dia a dia, mas sim como uma reserva de emergência para o futuro. O ideal é ter dinheiro para seis meses de despesas.

10) Planeje o futuro – Separar ao menos 10% da renda mensalmente para planejar o futuro é receita para uma vida mais tranquila. Ter investimentos para realizar sonhos como viagem, casa própria, troca de carro e aposentadoria deve estar na meta para um bom futuro financeiro.