IRPF 2023: Veja 6 erros comuns na hora da declaração e quais cuidados tomar
É comum as pessoas cometerem erros ao preencher algum documento. Com o do Imposto de Renda, não é diferente. Segundo a Receita Federal, não informar ou declarar parte dos rendimentos é o principal erro dos contribuintes.
O que pode acontecer?
A omissão de informação, intencional ou não, no preenchimento da declaração leva o contribuinte a cair na malha fina.
Cair na malha fina significa que a pessoa fica com pendências perante a Receita e pode não receber o valor da restituição.
A cada ano a Receita Federal desenvolve técnicas de cruzamento de dados para checar a veracidade das informações preenchidas pelos contribuintes no Imposto de Renda.
A Receita está atenta a qualquer divergência de dados e, quando algo diferente aparece, o processamento da declaração é interrompido para análise e a pessoa pode seguir direto para a malha fina, levando a um atraso na liberação da restituição ou mesmo no pagamento de alguma multa.
Rafael Caribé, CEO da Agilize
Confira os erros mais comuns
A pedido de UOL, a empresa de contabilidade Agilize listou os erros mais frequentes no preenchimento da declaração de Imposto de Renda.
A boa notícia é que boa parte dos erros podem ser evitados com um pouco mais de atenção no momento da declaração.
Erros de digitação
Esse erro é comum para quem deixa para entregar a declaração em cima da hora e corre contra o tempo para entregar a declaração. Seja por falta de tempo ou atenção, a pessoa pode acabar pecando nos pequenos detalhes.
É o caso de quem não coloca uma vírgula antes dos centavos, por exemplo. Parece uma besteira, mas uma vírgula errada pode transformar R$ 400,00 em R$ 40.000,00.
Uma divergência deste tamanho é suficiente para levar o contribuinte direto para a malha fina.
Despesas sem comprovantes
Reduzir o imposto a ser pago com recibos de despesas médicas e odontológicas é sempre uma boa opção, mas é preciso declarar a mesma quantia e a mesma data que os profissionais de saúde.
Não adianta uma pessoa dizer que gastou R$ 5.000 com um tratamento dentário, se o dentista não declarar o mesmo valor.
Importante ressaltar que os valores que foram reembolsados pelo plano de saúde ou mesmo remédios comprados em farmácias não podem ser declarados.
Dados dos dependentes
Pais separados costumam cometer um erro comum: os dois declaram os filhos como seus dependentes. No entanto, se a criança já é dependente de um, não pode ser apontada como dependente do outro. Veja aqui quem pode ser declarado como dependente.
Vale ainda prestar atenção aos dados dos dependentes, conferir se os valores batem com os declarados pelas escolas, por exemplo.
Omissão de rendimentos
Outro erro comum acontece quando o contribuinte tem mais de uma fonte pagadora. Nestes casos, é preciso informar todos os valores recebidos: pró-labore, salários, aluguéis recebidos, etc.
Há casos em que o inquilino esquece de declarar o aluguel pago, mas o proprietário informa a renda recebida. Neste caso, a omissão pode gerar uma multa de 20% sobre o valor do aluguel pago e não declarado e ainda colocar o contribuinte na malha fina. Uma falta de atenção que custa caro.
Incompatibilidade entre patrimônio e renda
O padrão de consumo dos contribuintes tem sido checado cada vez com mais agilidade. Toda e qualquer variação patrimonial incompatível com a renda será analisada pela Receita Federal.
Não adianta declarar um rendimento de R$ 90 mil no ano, e informar a compra de um carro de R$ 900 mil à vista. Essa incompatibilidade entre o valor recebido e gasto vai chamar atenção do leão.
Bens financiados
Todo bem financiado precisa ser declarado. Acontece que, muitas vezes, o contribuinte preenche as informações de modo errado. Seja por falta de conhecimento ou mesmo falta de atenção.
No caso de um apartamento, por exemplo, é importante preencher na declaração apenas o valor já pago.
O que fazer para corrigir erros na declaração?
Ao perceber que cometeu algum erro, você deve fazer uma declaração retificadora. A declaração retificadora deve ser feita o quanto antes para evitar cair na malha fina e eventualmente sofrer algum tipo de penalidade.
Só é possível corrigir algum erro no prazo máximo de cinco anos, desde que a declaração não esteja sob procedimento de fiscalização.
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