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Não se vai muito longe se não for com as próprias pernas

Claudio Felisoni

30/10/2020 04h00

Os ditos populares encerram muitas verdades. Basta ter olhos para ver. Sim, porque é o resultado de observações de situações recorrentes. De fato, não se avança muito no caminho se os passos de alguém dependem da disposição e boa vontade de outra pessoa. É preciso aprender a andar com as próprias pernas.

Isso vale para tudo e, portanto, também, é evidente, na organização da vida financeira dos indivíduos. Os problemas financeiros assemelham-se a doenças mentais. Quando a cabeça não está bem, nada está bem. Quando a vida financeira se complica, tudo fica muito complicado. Não é verdade?

Não há dúvida de que é verdade. Basta olhar o que acontece com as pessoas próximas e distantes. Portanto, para manter a saúde é bom cuidar das finanças. Porém, as doenças estão aí. Uma hora ou outra elas vão fazer suas vítimas. Quando isso ocorre pode ser necessário o suporte de um médico.

A pessoa doente vai então ao médico buscar um caminho para superar o mal que a acomete. E se ao chegar ao consultório o médico indagar: a dor é lancinante? Complica? Ficaria mais fácil se a pergunta fosse: a dor é aguda? O diálogo ficaria ainda pior, ou simplesmente não haveria, se depois de ouvir o paciente o médico no consultório despejasse um rosário de termos técnicos.

Não é diferente da situação com que se defrontam muitos dos investidores menos traquejados de hoje em dia. Repentinamente começam a ouvir: mercado de ações, taxa de juros futura, dividendos e ainda, coisas piores, tais como ativos descontados, volatilidade e derivativos. Ora para superar a doença o principal interessado é exatamente o paciente.

Se ele não entender, será difícil vencer o mal que o aflige. As palavras apenas descrevem alguma coisa. Ou seja, facilita muito se o indivíduo entender o que certos termos querem dizer. Pode-se dizer esse indivíduo é loquaz, ou simplesmente ele fala muito. O importante é entender o significado das coisas.

É isso o que esta seção do UOL Economia+ se propõe a fazer. Deixar claro aquilo que precisa ficar nítido, para que o indivíduo possa exercitar suas escolhas com consciência. O cenário da economia mudou radicalmente. O número de investidores na condição de pessoa física, em números redondos, subiu de 600 mil em 2017 para 3 milhões em 2020. Isso porque a taxa de juros básica caiu de 8% para 2%.

Em outras palavras, as pessoas procurando uma melhor remuneração para seus recursos estão tendo que deixar o conforto das aplicações mais tradicionais para ir ao encontro da Bolsa de Valores, isto é, indo para um lugar semelhante àquele consultório onde os doutores têm uma linguagem própria, quase incompreensível. Para que esse investidor possa caminhar com as próprias pernas é que foi desenvolvida esta seção.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.