Investindo R$ 500 todos os meses, quanto vou ter em 10, 20 ou 30 anos
Se você investe com o objetivo de aposentadoria, tem ideia de quanto dinheiro conseguirá juntar a longo prazo?
Na coluna de hoje eu trago simulações mostrando quanto você tende a acumular, nos próximos 10, 20 e 30 anos, se investir R$ 500 por mês.
Em Tesouro Direto
Se você investir R$ 500 por mês somente no Tesouro Direto, que é a aplicação mais segura do país, tenderá a acumular R$ 95,2 mil em dez anos, R$ 319 mil em 20 anos e R$ 845 mil em 30 anos.
No entanto, a conta acima não desconta a inflação. Daqui a dez anos, R$ 95,2 mil equivaleram a R$ 76 mil, se considerarmos uma inflação de R$ 4% ao ano - a meta do Banco Central é de 3%. Seguindo a mesma lógica, daqui a 20 anos, os R$ 319 mil que você juntar terão um poder de compra igual ao de R$ 198 mil hoje. Finalmente, os R$ 845 mil, daqui a 30 anos, equivalerão a apenas R$ 391 mil a preços de hoje.
Como o cálculo com o desconto da inflação é o que realmente interessa, nas próximas simulações já vou mostrar direto os dados trazidos a preços de hoje.
Todos os cálculos já descontam o Imposto de Renda. Considerei uma inflação de 4% ao ano e a rentabilidade atual do Tesouro e do CDI.
Em CDB
Outro exemplo de aplicação de baixo risco é o CDB. Aplicando R$ 500 por mês em CDBs que rendam 120% do CDI (e reaplicando o dinheiro a cada vez que o título vencesse), você teria, já descontando a inflação, R$ 83 mil em 10 anos, R$ 237 mil em 20 anos e R$ 522 mil em 30 anos.
Deve-se notar, no entanto, que o risco do CDB só é realmente baixo se o valor não ultrapassar R$ 250 mil por banco emissor do título. Até esse limite, se o banco que emitiu o seu CDB quebrar, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) lhe paga o valor aplicado mais os juros acumulados até o momento.
Acima de R$ 250 mil, no entanto, o FGC não cobre. Digamos que você tenha R$ 300 mil em CDBs de um mesmo banco, e este quebra. Nesse caso, o FGC lhe pagará R$ 250 mil, e os demais R$ 50 mil você provavelmente perderá.
Em fundos imobiliários
Aplicando R$ 500 por mês em fundos de investimento imobiliário (FIIs), a tendência é que você acumule o equivalente a R$ 100 mil em 10 anos, R$ 362 mil em 20 anos e R$ 1 milhão em 30 anos, já descontando a inflação, ou seja, trazendo os valores para preços de hoje.
Dessa forma, as projeções de ganhos com FIIs são muito maiores do que com Tesouro e CDB. No entanto, o risco dos FIIs é bem mais alto.
Os cálculos consideram a taxa atual de retorno em dividendos dos FIIs mais negociados do setor de logística. Mas essa taxa pode variar consideravelmente ao longo de uma, duas ou três décadas.
Além disso, quando investimentos em FIIs, temos que considerar também o preço das cotas desses fundos. Podemos esperar que bons fundos imobiliários que contenham imóveis físicos no seu portfólio se valorizem, no mínimo, de acordo com a inflação. Mas não podemos garantir que isso aconteça.
Atualize os aportes pela inflação
As simulações consideram que você atualize todos os anos o valor dos seus aportes pela inflação. Por exemplo, se você começa investindo R$ 500 por mês, e a inflação nos 12 primeiros meses fica em 10%, a partir do 13º mês você deve passar a aportar R$ 550 por mês, e assim por diante.
Resumindo
Vamos resumir de forma que você consiga comparar melhor os resultados da simulação.
Investindo R$ 500 por mês em dez anos, você acumularia os seguintes valores, já trazidos para preços de hoje:
- Em Tesouro Selic: R$ 76 mil
- Em um CDB que renda 120% do CDI: R$ 83 mil
- Em fundos imobiliários: R$ 100 mil
Em 20 anos, temos os seguintes dados:
- Em Tesouro Selic: R$ 198 mil
- Em um CDB que renda 120% do CDI: R$ 237 mil
- Em fundos imobiliários: R$ 362 mil
E, finalmente, em 30 anos:
- Em Tesouro Selic: R$ 391 mil
- Em um CDB que renda 120% do CDI: R$ 522 mil
- Em fundos imobiliários: R$ 1 milhão
Lembrando que o retorno dos FIIs pode variar bastante ao longo do tempo, bem mais do que o do CDB e do Tesouro.
Alguma dúvida?
Tem alguma dúvida sobre investimentos? Me siga no Instagram e envie sua pergunta por lá!
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.