Que o mundo todo —inclusive o Brasil— está em crise, você já deve saber. Mas como investir neste cenário de recessão global? O assunto foi abordado no programa Investimento Ao Vivo, da casa de análise Levante Ideias de Investimento, em parceria com o UOL.
Luís Nuin, analista da Levante, diz que recessão técnica é quando há dois trimestres consecutivos de queda do PIB (Produto Interno Bruto). "Aparentemente, é o que vai acontecer nos EUA", diz. Essa perspectiva assusta investidores em todo o mundo.
Assista ao programa completo e confira toda a análise feita pelos especialistas. Ele também respondeu a perguntas sobre investimentos. O Investimento Ao Vivo é transmitido quinzenalmente na página inicial do UOL, UOL Economia e UOL Investimentos, e fica disponível para quem quiser se aprofundar nos temas.
Como proteger o patrimônio
Para Nuin, em períodos recessivos, a renda fixa começa a aflorar novamente. Segundo ele, a taxa Selic (que hoje está em 13,25% ao ano) poderá subir para 13,75% ao ano na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).
Mesmo assim, a Bolsa continua a ser uma opção - mas é necessário tomar cuidado. "Sempre há formas de você defender patrimônio, mesmo dentro do mercado da Bolsa. Em momentos como esse, é útil aquela segurança maior que traz uma empresa boa pagadora de dividendos. Os fundos imobiliários também são uma opção", afirma.
Temos inflação: o que fazer?
Nuin diz que a quantidade de ferramentas disponíveis para combater a inflação hoje é "absurdamente maior" do que há uma década. "Há dez anos, a gente provavelmente teria um fundo CDB ou um fundo que segue o CDI , para tentar bater a inflação. Hoje, a gente tem dezenas de outras ferramentas para proteger o patrimônio", afirma.
Renda fixa pode ter perdas também
A renda fixa, vista como mais segura em momentos de crise e incerteza, também merece cuidados. Enrico Cozzolino, head de análise da Levante, diz que a renda fixa também tem volatilidade. "Ela [renda fixa] tem marcação a mercado, sim. Muitas pessoas investem na renda fixa achando que não haverá risco, mas, em uma situação que elas precisam de liquidez, podem ter prejuízo", diz. Alguns investimentos em renda fixa não permitem o resgate do valor em casos de emergência, por exemplo.
Nuin afirma que o investidor deve pensar sempre qual o melhor investimento para aquele momento. "Há momentos melhores, como agora, mais para renda fixa, porque a gente está com os juros lá em cima. Para algumas ações de Bolsa, a gente vê valor em um médio prazo; são bons momentos de entrada. Há boas oportunidades para quem tem horizontes", declara.
Mas é preciso ter cuidado, diz Nuin. O valor dos títulos do Tesouro Direto também sofre variações. "Às vezes, no dia em que você precisa resgatar no Tesouro Direto, por exemplo, a curva pode ter invertido —que é a história da marcação a mercado— e você perder dinheiro. É tudo isso que precisa ponderar", afirma.
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Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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