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ANÁLISE

Resultados das empresas dos EUA surpreendem positivamente até agora

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Imagem: Getty Images

Rafael Bevilacqua

20/07/2022 09h36

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As empresas norte-americanas entraram no período que o mercado chama de "temporada de balanços", quando as companhias divulgam os resultados do trimestre anterior

A despeito do cenário difícil, os balanços referentes ao segundo trimestre deste ano divulgados até o momento têm surpreendido positivamente o mercado, com números melhores do que o esperado.

Contudo, apenas cerca de 11% das companhias que integram o S&P 500, em termos de valor de mercado, haviam divulgado seus resultados até terça-feira (19).

Isso significa que ainda há espaço para muitas surpresas —tanto positivas quanto negativas— nos balanços. Algumas das maiores companhias de capital aberto do planeta devem divulgar seus resultados ao longo dos próximos dias.

Na terça-feira, a Netflix (Nasdaq: NFLX) divulgou seu balanço, e apesar dos sinais evidentes de desaceleração da companhia, a perda de assinantes foi muito menor do que o projetado. As estimativas davam conta de que a empresa perderia cerca de 2 milhões de clientes no trimestre, mas o número de assinaturas perdidas totalizou 970 mil.

Nesta quarta-feira (20), a Tesla (Nasdaq: TSLA), montadora de veículos elétricos do bilionário Elon Musk, divulgará os números do segundo trimestre. A expectativa é de crescimento expressivo da receita, além de um lucro por ação superior ao reportado um ano antes.

Mesmo que os balanços referentes ao segundo trimestre tragam números sólidos e até mesmo acima do esperado, o mercado deve estar atento ao cenário macroeconômico global conturbado, que deve contribuir para uma piora dos resultados corporativos no curto e no médio prazos.

Em outras palavras, um lucro maior do que o esperado divulgado por uma grande empresa não altera a perspectiva de recessão global, bem como um crescimento das receitas das companhias listadas em Bolsa não é capaz de reduzir a inflação galopante nos Estados Unidos.

Com a acelerada deterioração macroeconômica, a vertiginosa alta dos juros mundo afora e a perspectiva de desaceleração ou até mesmo retração da atividade econômica, é preciso cautela. Comemorar qualquer resultado que pareça minimamente razoável não é a postura mais adequada.

Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes UOL, que possuem acesso integral ao conteúdo de UOL Investimentos): informações sobre a redução do preço da gasolina vendida pela Petrobras às distribuidoras.

Um abraço,

Rafael Bevilacqua
Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante

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