O que é taxa Selic e como ela mexe com o seu bolso?
A taxa Selic frequentemente ocupa lugar de destaque nas páginas de comunicação. Independentemente se tiver diminuído ou aumentado, ela é sempre uma notícia de grande relevância na economia brasileira e mexe muito com o seu bolso.
Veja abaixo o que é a Selic, e como a taxa mexe com a sua saúde financeira.
O que é a taxa Selic?
A Selic é considerada a taxa básica de juros da economia brasileira, exercendo influência sobre as demais taxas de juros do nosso país, desde as rentabilidades das aplicações financeiras até os juros de empréstimos e financiamentos.
Quem define a taxa Selic?
A taxa é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que é um órgão do Banco Central, e é atualizada a cada 45 dias, com a possibilidade de se manter estável, diminuir ou aumentar.
As reuniões normalmente começam numa terça-feira e são finalizadas na quarta-feira da mesma semana, seguindo um calendário preestabelecido.
Para que serve?
De maneira simplificada, é possível dizer que a taxa Selic é uma ferramenta utilizada pelo Banco Central para controlar a inflação. Ela foi criada em 1979, período em os preços estavam fora de controle no Brasil e o país enfrentava um cenário de hiperinflação.
Como as alterações na Selic influenciam o seu bolso?
Os efeitos da Selic podem ser sentidos de formas diferentes. Quando a Selic está baixa, estes são alguns efeitos que normalmente podem ser sentidos:
Preços mais baixos e aumento do consumo
Quando os juros estão mais baixos, os investimentos tradicionais, como poupança, Tesouro Selic e CDBs pós -fixados tendem a ficar menos atrativos, então as pessoas poupam menos e gastam mais, fazendo com que o dinheiro circule mais na economia.
Como os bens e serviços são limitados, quando há uma maior procura por eles, os preços tendem a subir.
Taxas de empréstimo e financiamento mais baixos
Com juros menores, o custo do dinheiro para instituições financeiras cai e isso é repassado para as pessoas, fazendo com que as taxas fiquem mais atrativas.
E quando a taxa está alta?
Quando a taxa Selic está mais alta, os juros tendem a subir, e os mesmos investimentos tradicionais tendem a ficar mais atrativos. A ideia é que circule menos dinheiro na economia, e dessa maneira, exista menos consumo. Com uma busca menor por produtos e serviços, a inflação tende a cair.
Contudo, os juros cobrados em financiamentos e empréstimos sobem. Por isso, fique atento!
Em resumo: A taxa Selic influencia em vários fatores do dia a dia, seja no preço dos empréstimos, nos valores cobrados por serviços e produtos ou no comportamento de consumo. Por isso ela é tão importante para o seu bolso!
Qual o cenário atual e como aproveitar?
Com a aceleração dos níveis de preços no Brasil, o Banco Central, por meio do Copom, vem aumentando a taxa Selic, na tentativa de controlar a inflação. Com isso é possível aproveitar algumas oportunidades para remunerar mais o seu dinheiro e diminuir os impactos que a inflação tem causado no bolso.
Veja alguns investimentos que estão sendo afetados pela alta da Selic.
Tesouro Selic - Sua rentabilidade é atrelada à taxa Selic e sobe com o aumento da taxa de juros. Diferentemente da poupança, que rende apenas 70% da taxa Selic, esse título público paga 100% da variação da taxa de juros.
Outros investimentos de renda fixa - Lembre-se de que a Selic é a taxa básica da economia brasileira e o aumento é repassado para outros índices, como o CDI. Nesse cenário, aplicações pós-fixadas, e que têm valorização com a alta desse índice, se tornam mais atrativas.
Uma dica importante: é possível encontrar investimentos que paguem acima de 100% do CDI. Então, fique atento e busque as melhores oportunidades de acordo com os seus objetivos.
A caderneta de poupança está rendendo mais - O aumento dos juros também tem impacto no rendimento da poupança.
A remuneração da caderneta para depósitos realizados após de maio de 2012 funciona da seguinte maneira:
Quando a taxa Selic está igual ou menor que 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic + TR (Taxa Referencial), que está zerada há anos. E quando a taxa for maior que 8,5% ao ano, a rentabilidade passa a ser 0,5% ao mês + TR —em torno de 6% ao ano.
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