Shoppings se recuperam, e Iguatemi é ação preferida; vale investir?
A Iguatemi (IGTI11), holding de shoppings centers, reportou seu resultado referente ao segundo trimestre de 2022. Os números vieram sólidos, conforme esperado pelo mercado.
Mesmo o prejuízo não desanimou, e hoje a ação está em alta de 5,38%. As perdas no trimestre foram de de R$ 133,3 milhões, enquanto no segundo trimestre do ano passado o lucro tinha sido de R$ 317,8 milhões. Mas vale destacar que o resultado, por si só, não representa a qualidade dos números reportados.
Grande parte do resultado da Iguatemi foi impactado por itens "não caixa", que são aqueles que não geram uma saída ou perda efetiva de dinheiro. Entre esses itens, está a variação no preço das ações da Infracommerce (IFCM3), empresa que a Iguatemi é investidora e que desvalorizou aproximadamente 69% no período.
Quando os itens "não caixa" são desconsiderados, assim como a variação das ações da Infracommerce, o lucro ajustado cresceu 166,7% em relação ao lucro ajustado do mesmo período.
O Ebitda, equivalente à geração de caixa da empresa, foi de R$ 166,6 milhões no segundo trimestre, uma alta de 25,7% em comparação com o mesmo período do ano passado, e a margem Ebitda encerrou trimestre em 65,7%, uma expressiva alta de 5 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
Melhora para os lojistas e para as administradoras de shopping: Outro destaque positivo foi o aluguel mesmas lojas (SSR), que atingiu crescimento de 56,2% em relação ao segundo trimestre de 2019, antes mesmo da pandemia. Isso porque a situação está melhorando, para os lojistas e para as empresas administradoras de shoppings.
Essa melhora reflete a diminuição significativa nos descontos concedidos aos lojistas no período mais grave da pandemia, a redução na inadimplência, que ficou abaixo dos valores do mesmo período do 2019 mesmo com os aluguéis mais caros, e a taxa de ocupação, que atingiu 92,6%, uma melhora de 2,5 pontos percentuais na comparação entre o segundo trimestre de 2022 e 2021.
O que os números dizem sobre a empresa: Apesar do prejuízo apresentado, entendemos que os números da companhia foram impactados por itens que não têm efeito no operacional, que segue crescendo tanto nas vendas quanto no preço dos aluguéis cobrados, mantendo sólidas margens, taxa de ocupação e inadimplência saudáveis, demonstrando a resiliência e a qualidade de seu portfólio de ativos.
E a concorrência? Vale ressaltar que outra empresa do setor, a Multiplan (MULT3), também reportou seus resultados, apresentando fortes números, com crescimento de 84% no lucro líquido, Ebitda crescendo 55,9% e taxa de ocupação de 95,3%, uma melhora de 4,5 pontos percentuais.
Os resultados operacionais de Multiplan e Iguatemi reforçam nossa visão otimista sobre o setor de shoppings no Brasil, que segue crescendo após o difícil período dos lockdowns.
Como investir? Destacamos que a Iguatemi (IGTI11) segue como nossa preferência para o setor. As ações da companhia acumulam alta de 24,5% no ano, o que não reflete os números positivos reportados no primeiro e no segundo trimestre de 2022. Ou seja, há espaço para crescer ainda mais.
O preço alvo é de R$ 27,50, o que representa um potencial de valorização de 28,86%, considerando a cotação atual de R$ 21,34 às 15h de hoje, 4.
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