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ANÁLISE

Escolha entre os melhores fundos multimercado e de ações

Veja quais foram os melhores fundos em renda variável em julho e saiba escolher onde investir - g-stockstudio/iStock
Veja quais foram os melhores fundos em renda variável em julho e saiba escolher onde investir Imagem: g-stockstudio/iStock

Pagbank

09/08/2022 04h00

O segundo semestre de 2022 começou com bons dados para os investidores, com queda no dólar, alta no Ibovespa e valorização até de criptomoedas. Nesse cenário, fundos com estratégias mais conservadoras e ações com desconto tiveram destaque. Veja abaixo quais foram os melhores fundos multimercado e de ações e saiba quais foram as estratégias usadas.

O dólar caiu 1,1% e o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, subiu 4,69%. Entre as ações que mais subiram, a Petrobras tem destaque, com alta de mais de 25% no mês, após anúncio de distribuição de dividendos acima do esperado pelo mercado.

No exterior, o S&P, principal índice da bolsa americana, fechou com uma alta de 8,08%. O FED, banco central americano, anunciou que subiu os juros em 0,75%, mas essa já era uma decisão esperada pelo mercado e não impediu o mês positivo para os ativos.

Além das bolsas internacionais, alguns ativos de risco também se valorizaram, como as criptomoedas, com Bitcoin subindo 22,92% e Ethereum 60,32%.

Além disso, o mês trouxe nova reunião do Copom para definição da Selic, a taxa básica de juros, que subiu para 13,75%. Alguns analistas preveem que a alta de juros possa acabar no final de 2022 ou no início de 2023.

Para o restante do mês de agosto, mais dados macroeconômicos serão divulgados, além dos balanços das empresas, que trarão maiores informações sobre inflação, níveis de atividade e qualidade dos resultados empresariais.

Neste cenário, se destacaram fundos com maiores posições em ações e em outras classes de risco.

Os fundos foram classificados utilizando dados de mercado fornecidos pela Quantum Finance e foram considerados fundos para investidores em geral de gestão ativa com mais de R$ 50 milhões de patrimônio líquido, investimento mínimo até R$ 5.000 e mais de 100 cotistas.

Melhores fundos multimercado

Confira a seguir os dez fundos multimercados com as maiores altas em julho.

Fonte: Quantum Axis

O Moat Capital Long Bias, fundo que rendeu 5,3% no último mês, tem uma participação de ações de empresas no Brasil e em Bolsas de fora. Segundo a gestora Moat, essas ações são escolhidas de acordo com a visão dos ciclos do mercado da gestora. Além disso, o fundo possui estratégias que possibilitam gerar retorno independente da direção do mercado de ações. O objetivo é superar a renda fixa e o mercado de ações no longo prazo.

Criado em fevereiro de 2019, o fundo já passou por diversos ciclos econômicos e sua posição em ações mudou conforme o momento da economia. A flexibilidade do fundo e sua capacidade de gerar retornos em diferentes ambientes justifica seu desempenho até aqui, diz a gestora.

Veja abaixo o comentário da Moat, gestora do Moat Capital Long Bias:

"O fundo apresenta uma exposição direcional no mercado de ações (Brasil e Global) de acordo com a visão dos ciclos do mercado da Moat, podendo ficar com uma exposição elevada (acima de 50% net comprado) em ambientes construtivos e baixa (inferior a 50% net comprado) em ambientes adversos. Adicionalmente, o fundo possui estratégias que possibilitam gerar retorno independente da direção do mercado de ações (ex: long and short). Assim, buscamos superar a renda fixa e o mercado de ações no longo prazo.

O fundo conseguiu navegar bem os ciclos desde o início (fev/19). Nos dois primeiros anos do fundo (2019 e 2020), permanecemos com uma exposição comprada no mercado de ações elevada (entre 60% e 90%). A partir do final de 2020, começamos a reduzir a exposição comprada, chegando a atingir cerca de 25% net comprado (início do segundo semestre de 2021). Atualmente o fundo está aproximadamente 65% comprado.

Adicionalmente, a estratégia long and short (pares de ações) teve uma contribuição também importante para o retorno do fundo desde seu início, assim como, as oportunidades de ficar vendido (short) em determinadas ações.

A flexibilidade do fundo e sua capacidade de gerar retornos em diferentes ambientes justifica seu desempenho até aqui e reflete nossa visão positiva da estratégia no longo prazo."

O fundo Helius Lux teve retorno de 5,99% em junho, contra 4,69% do Ibovespa. O Helius Lux é um fundo de longo prazo, focado renda variável no Brasil. De acordo com o gestor, sua estratégia proporciona flexibilidade e agilidade em aumentar ou diminuir exposição de certos ativos para capturar momentos de mercado.

Um dos motivos para os bons resultados do fundo foi a alta da ação da Petrobras, que divulgou resultados acima das expectativas e dividendos muito altos. Outro setor de destaque no mês foi o imobiliário, principalmente a administradora de shoppings Iguatemi e a construtora MRV.

Sobre a carteira e estratégias aplicadas pelo fundo Helius Lux, o gestor comenta abaixo:

"O fundo Helius Lux teve retorno de 5,99% em junho, contra 0,71% do Benchmark e 4,69% do Ibovespa. O Helius Lux é um fundo Long Biased focado renda variável no Brasil, sua estratégia proporciona flexibilidade e agilidade em aumentar ou diminuir exposição direcional para capturar momentos de mercado. O fundo também tem como característica carregar estruturas de hedge, para proteger a carteira em movimentos de alta volatilidade.

A carteira do fundo obteve resultados positivos em julho vindos de posições compradas em Petrobrás, que divulgou resultados acima das expectativas e dividendos muito altos. O fundo fez um movimento tático no papel, apesar de ter uma visão mais conservadora para o preço do petróleo, e se protegeu com posições vendidas em um conjunto de empresas globais do setor de Óleo e Gás.

Outro setor de destaque no mês foi o imobiliário, principalmente Iguatemi e MRV, a primeira teve performance positiva por apresentar bons dados operacionais referentes ao segundo trimestre e a segunda devido a mudanças anunciadas no programa Casa Verde Amarela. Por fim, Cielo devido a uma melhora na racionalidade do ambiente competitivo, repasses de preço e dados positivos da empresa divulgados pelo Banco Central no trimestre.

No cenário internacional, o mês foi marcado pelo aumento do aperto monetário nos países desenvolvidos. Apesar da queda nos preços de commodities e da sinalização de um desaquecimento da economia americana à frente, com base nos indicadores antecedentes e de confiança, a surpresa negativa no CPI de junho induziu o FED a manter o ritmo de 75bps, levando a taxa de juros a um patamar mais próxima da taxa neutra de longo prazo.

A recente aceleração na inflação de serviços e a persistência de um mercado de trabalho apertado tem mantido o FED em alerta, deixando aberta a possibilidade de aumentos de maior magnitude ao longo do restante de 2022 e, consequentemente, gerando um viés altista para os riscos de recessão no país. Na visão da Helius essa conjuntura americana condiz com um juro longo mais baixo e, consequentemente, favorece empresas com fluxos de caixa mais de longo prazo, por isso tem uma posição comprada em Nasdaq e vendida em S&P500."

Melhores fundos de ações

Confira abaixo os melhores fundos de ações no mês de julho.

Fonte: Quantum Axis

O fundo Montecristo tem uma estratégia de escolher certa de 10 ações fortes dentre as melhores e manter premissas conservadoras. O fundo também tem se mantido longe do setor de commodities, que vem sofrendo.

Segue parecer do Wagner Salaverry, gestor da Quantitas, referente ao Montecristo no mês de julho:

"O Quantitas FIA Montecristo valorizou 10,8% em julho, puxado pelo bom desempenho de suas principais posições: Ambipar (+24,3%), Blau (+12,7%), Hypera (+12,0%) e Lojas Renner (+11,8%).

A estratégia de escolher um portfólio próximo a 10 ações dentro de um grupo pré-definido de negócios selecionados, mantendo uma disciplina de preço e premissas conservadoras, tem permitido que o fundo se mantenha à frente do Ibovespa ao longo dos anos.

Os gestores do Montecristo têm se mantido há alguns meses sem alocação em empresas de commodities, equilibrando o portfólio entre companhias com negócios mais defensivos (Hypera e Grendene) e outras de maior crescimento (Ambipar e Renner), com poucas alterações relevantes e recentes."

Já para o Guepardo Institucional Fic Fia teve retorno de 7,4% no período. Os gestores afirmam que escolheram ações que, na visão deles, estão com desconto e muitos motivos para valorizar no futuro.

Veja o comentário dos gestores:

"O Guepardo Institucional FIC FIA teve uma excelente performance no mês de julho, gerando no período um alfa de 2,6% do Ibovespa. As posições que mais contribuíram no mês foram Vulcabras (VULC3), Rumo (RAIL3) e Ânima (ANIM3). Neste período, aumentamos nossas posições em Ânima e em Klabin (KLBN11).

Acreditamos que a Ânima e a Klabin estejam bem posicionadas em seus respectivos setores e muito descontadas de seus valores justos. A Ânima é o player que oferece a melhor qualidade de ensino em comparação aos seus pares na Bolsa e tem evoluído muito em cursos como o de medicina, através da Inspirali. No caso de Klabin, a Companhia continua em sua trajetória de longo prazo de desalavancagem. Consideramos a Klabin como um investimento com baixo risco e um grande potencial de valorização.

Estamos seguros das nossas alocações e acreditamos que essas empresas trarão retornos consistentes no longo prazo para o Fundo. Atualmente, nossas maiores posições são em empresas que atuam nos setores de consumo, no financeiro e em papel e celulose."

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