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ANÁLISE

Com suspeitas e prisões, mercado cripto vive em alerta máximo

Liam Ortiz/ Pixabay
Imagem: Liam Ortiz/ Pixabay

Nicolas Meireles Nogueira

14/12/2022 04h00

O anúncio da prisão de Sam Bankman-Fried, ex-CEO da corretora FTX, pelas autoridades de Bahamas na segunda-feira (12), contribuiu para elevar as tensões no mercado cripto e deixar os investidores em alerta, já que ele era uma das figuras mais respeitadas deste universo.

Além disso, há outros sinais de forte desconfiança no mundo: usuários estão sacando bilhões de dólares da maior corretora cripto do planeta, com receio de que ela sofra um colapso parecido com o da FTX. Quer entender melhor a situação? Vem com a gente!

O caso FTX

Em poucos dias, no início de novembro, a corretora de criptoativos FTX passou de uma das maiores empresas do setor cripto à falência, conforme explicado em detalhes em outro artigo do UOL Economia, deixando os clientes sem saber sobre o destino do dinheiro que estava depositado na plataforma.

Mesmo com o colapso da FTX, SBF —como é conhecido Bankman-Fried— continuou defendendo a posição de que jamais agiu de má-fé e de que os problemas que acometiam a empresa foram frutos de má gestão, mas não de fraude.

Apesar disso, ele foi preso no começo da semana, segundo comunicado da Força Policial Real das Bahamas. Além disso, segundo o "The New York Times", SBF deve ser acusado de fraude eletrônica, fraude com valores mobiliários e lavagem de dinheiro, entre outros crimes.

Para alguns, a prisão é positiva, já que mostra que os "participantes ruins" do mercado cripto podem sofrer consequências pelas suas ações. Porém, por outro lado, o próprio setor fica marcado negativamente quando um dos seus principais representantes é acusado de ser criminoso.

Incertezas sobre a Binance

Além da questão envolvendo SBF e a FTX, há outra polêmica que está causando ainda mais temor nos criptoentusiastas: detalhes sobre a saúde financeira da Binance, maior corretora de criptoativos do planeta.

Após o escândalo FTX, a Binance entrou na mira das especulações, conforme reportagens recentes do Portal do Bitcoin, sobre possíveis problemas para honrar todos os saques dos usuários caso sofresse uma "corrida ao banco", ou seja: na hipótese de muitos clientes tentarem sacar fundos ao mesmo tempo.

Somado aos rumores, a Reuters afirmou, em reportagem publicada na segunda (12), que a Binance está sendo investigada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. A corretora negou as acusações, enquanto a Justiça americana não comentou a situação.

Por conta dos rumores e da reportagem da Reuters, muitos usuários começaram a sacar seus fundos da Binance, temendo que ela sofra uma crise semelhante à FTX. Por conta disso, no início desta semana, mais de US$ 3 bilhões em recursos foram sacados da corretora.

Devido a todos estes problemas, é recomendável que os investidores de criptoativos fiquem atentos, pois os preços do bitcoin e das demais criptomoedas podem sofrer com alta volatilidade em decorrência da incerteza que afeta o setor.

Quer se aprofundar no universo dos criptoativos? Acompanhe os artigos do PagBank PagSeguro no UOL Economia!

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