O bitcoin começou a ser desenvolvido em 2007 e foi lançado publicamente em janeiro de 2009. Desde então, ele mudou a história da economia: partindo do zero, o bitcoin alcançou valor de mercado de mais de US$ 1 trilhão em novembro de 2021.
Isso significa que, no seu melhor momento, a criptomoeda chegou a valer mais do que toda a prata existente no mercado global.
Apesar disso, pouco ou nada se sabe sobre o criador do bitcoin. Por isso, resolvemos levantar a seguinte questão: quem inventou o bitcoin?
Quem criou o bitcoin?
O bitcoin foi inventado por um desenvolvedor (ou grupo de desenvolvedores) que assinou o nome Satoshi Nakamoto no "whitepaper", documento de lançamento da criptomoeda. Nakamoto também fundou o fórum online "BitcoinTalk", que serviu como base dos entusiastas do criptoativo nos seus primeiros anos de existência.
Contudo, não se tem certeza sobre quem é Satoshi Nakamoto. Ele participou de discussões no fórum até meados de 2010, quando passou o bastão para outros desenvolvedores. Após o seu último acesso ao fórum, em dezembro de 2010, Nakamoto desapareceu da internet sem deixar vestígios.
Até hoje, os entusiastas do bitcoin especulam sobre quem é Satoshi Nakamoto. Alguns dos nomes ventilados pelo mercado incluem:
- Nick Szabo: Advogado e criptógrafo que imaginou o "Bit Gold", uma moeda descentralizada parecida com o bitcoin, em 1998
- Hal Finney: Programador americano; foi a primeira pessoa a receber uma transação com bitcoin e era membro ativo da comunidade BitcoinTalk
- Dorian Nakamoto: Engenheiro envolvido com projetos governamentais nos EUA. Até hoje, sua foto é usada para simbolizar Satoshi Nakamoto, embora Dorian negue ser o programador
- Craig Wright: Acadêmico australiano que afirma publicamente ser o criador do bitcoin
O que explica o anonimato?
O fato de o criador do bitcoin permanecer anônimo pode parecer estranho ou até mesmo suspeito. Afinal, em um universo em que golpes são aplicados a todo momento em investidores inexperientes, a ideia de um ativo "sem dono" levanta dúvidas pertinentes.
Por um lado, o anonimato dá espaço a uma série de mentiras e mitos em torno do tema: alguns acreditam que o bitcoin é um experimento da NSA, agência americana de segurança, por exemplo.
Além disso, pessoas se aproveitam do mistério para fazer autopromoção, como ocorre com Craig Wright. Ele afirma com frequência ser o criador do bitcoin, mas jamais conseguiu comprovar a tese.
Em contrapartida, o anonimato tem um lado positivo: caso o desenvolvedor fosse conhecido, ele provavelmente ficaria nos holofotes da mídia e chamaria atenção por fatores que não são relevantes para a ideia do bitcoin, como o endereço ou preferências sociais e políticas. Além disso, ele seria alvo de hackers e outros criminosos.
Para efeito de comparação, o criador da rede ethereum, Vitalik Buterin, é visto com frequência ao lado de políticos e emite opiniões sobre temas polêmicos, como a guerra da Ucrânia e NFTs. Para muitos, tais controvérsias distraem o público sobre o verdadeiro propósito das criptomoedas, que é permitir transações sem depender de bancos ou outras entidades.
De toda maneira, há argumentos bons a favor e contra o anonimato de Satoshi Nakamoto. Porém, o único fato que se sabe sobre o assunto é que, após anos de investigações intensas, a sua identidade permanece em sigilo —e é possível que jamais seja revelada.
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