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ANÁLISE

Dá para evitar riscos na hora de comprar bitcoin?

Bitcoin: confira os principais riscos ligados à compra de criptoativos - Getty Images
Bitcoin: confira os principais riscos ligados à compra de criptoativos Imagem: Getty Images

Nicolas Meireles Nogueira

19/10/2022 04h00

O bitcoin acumula queda de mais de 60% em 2022, para o desespero de quem comprou o ativo recentemente. Porém, tamanha desvalorização tem um lado positivo: para vários investidores, esta é uma boa oportunidade para acumular o ativo a um preço mais atraente do que o normal.

Nessa linha, quem já está acostumado ao universo cripto encara a compra e venda das moedas como uma tarefa simples.

Porém, pensando naqueles que nunca investiram no setor, resolvemos listar os principais riscos ligados à compra de bitcoin e outros criptoativos. Vem com a gente!

1) Corretoras estrangeiras são confiáveis?

As corretoras estrangeiras dominam as negociações de bitcoin no Brasil, segundo dados do CoinTradeMonitor. Na maioria dos casos, isso não é um problema: diversas corretoras também estão presentes em outros países e operam de forma segura há anos.

Porém, como o setor cripto ainda não é regulamentado no país, existe a possibilidade de algumas empresas fraudulentas oferecerem serviços por aqui. Nesse caso, muita gente pode ser pega de surpresa e perder as economias ao depositar dinheiro nestas empresas.

Dessa maneira, é importante conferir a reputação da corretora em que se pretende investir, nos portais de notícias especializados em cripto e em sites de avaliação como o Reclame Aqui.

Além disso, é provável que o serviço de atendimento de uma empresa nacional seja mais acessível do que o das estrangeiras, em caso de problemas. Algumas corretoras internacionais não possuem equipe de suporte no Brasil, o que dificulta o atendimento e o acionamento na Justiça.

2) Cuidado com influenciadores digitais

Nas redes sociais, é comum ver vídeos de supostos especialistas em finanças promovendo criptos e outros ativos. Vários deles viralizam e acabam influenciando milhares de seguidores a investir em iniciativas desconhecidas ou até mesmo em pirâmides e outros golpes.

Por esse motivo, é importante desconfiar dessas publicações. Quem está falando conhece do assunto? É realmente um especialista em investimentos? Existem informações detalhadas do criptoativo que está sendo promovido?

Vale lembrar que os influenciadores podem estar sendo pagos para promoverem os projetos e sequer sabem detalhes sobre como eles funcionam. Na semana passada, Kim Kardashian pagou uma multa milionária às autoridades americanas após promover um criptoativo fraudulento.

Nesses casos, vale a mesma regra das corretoras: é necessário pesquisar as informações sobre o ativo que está sendo promovido para evitar cair em golpes ou investir em projetos de origem duvidosa — seja envolvendo criptos ou não.

3) Falta de conhecimento

O mercado cripto é composto por milhares de ativos diferentes, já que praticamente qualquer pessoa com conhecimento sobre tecnologia consegue criar uma criptomoeda com relativa facilidade.

Porém, a maioria destas criptos não serve para nada além de enriquecer os bolsos dos seus criadores.

Devido a isso, é importante que os interessados no mercado das criptomoedas façam pesquisas antes de aportar qualquer quantidade de dinheiro no setor. Para isso, vale ler o "whitepaper", que é uma espécie de documento que explica a função da cripto, bem como artigos educativos em sites especializados.

Também é comum que a equipe de desenvolvimento dos criptoativos publique sites que contêm detalhes sobre o projeto, incluindo regras de funcionamento, dados técnicos e até mesmo o nome das empresas que financiaram a iniciativa.

Quer se aprofundar no universo dos criptoativos? Acompanhe os artigos do PagBank PagSeguro no UOL Economia!

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