As transações internacionais são uma dor de cabeça enorme para quem faz compras em sites estrangeiros ou está planejando uma viagem para o exterior, já que a cotação do dólar no app dos bancos e das casas de câmbio costuma ser bem diferente daquilo que é visto nos noticiários de economia.
Além disso, quem utiliza o serviço das casas de câmbio tem poucas opções: é possível receber notas de dólares e correr o risco de perda, assalto ou furto, ou utilizar o cartão pré-pago; neste caso, o usuário paga IOF de 6,38% ao carregar ou recarregar o cartão.
Há uma outra possibilidade: utilizar o cartão internacional do banco para compras ou viagens no exterior; com isso, o usuário paga IOF toda vez que realizar uma transação. Porém, há uma alternativa no mercado cripto ao dólar tradicional: as stablecoins. Quer conhecer melhor sobre o tema? Vem com a gente!
O que são as stablecoins? Stablecoins são criptoativos que replicam o valor do dólar ou de outros ativos, como euro, real ou ouro. Desta forma, o valor de um token é igual ao valor de um dólar, por exemplo. Vale destacar que pequenas variações no valor das stablecoins são comuns, mas elas costumam ser menores do que um centavo por token.
A popularidade das stablecoins no mercado cripto é imensa: a mais popular delas (o tether, ou USDT) é o criptoativo mais negociado da atualidade, superando BTC, ETH e outras moedas. Além do USDT, outras stablecoins populares pareadas ao dólar são BUSD, USDC e DAI; todas elas replicam o valor do dólar, mas são emitidas por grupos e empresas diferentes.
Qual é a utilidade das stablecoins? As stablecoins são bastante utilizadas nas corretoras de criptoativos, pois permitem aos usuários comprarem BTC, ETH e outras criptos sem precisar fazer cálculos complexos. Como o valor das stablecoins é estável, apenas um dos ativos —o BTC, por exemplo— varia, o que facilita as conversões.
Também é possível usar stablecoins em plataformas de empréstimos com criptoativos. Nestes casos, geralmente é necessário deixar uma garantia depositada em BTC ou outro criptoativo até que o empréstimo seja quitado.
Outra facilidade proporcionada pelas stablecoins é a possibilidade de utilizá-las como "dólares digitais". Logo, algumas empresas pagam funcionários remotos em stablecoins, deixando que eles convertam estes ativos para para a moeda local ou outras criptos.
Além disso, as stablecoins estão ficando populares em países que sofrem com altos índices de inflação, como é o caso da Argentina, Venezuela e Turquia, onde diversas pessoas fazem poupança em stablecoins para fugir da desvalorização da moeda local.
Paga-se algum imposto ao negociar stablecoins? Em alguns casos, é necessário pagar Imposto de Renda sobre o lucro obtido com a compra e venda de stablecoins, assim como também acontece com os outros criptoativos. Se você está interessado em entender melhor o tema, confira o texto do UOL sobre declaração de criptoativos no Imposto de Renda.
Onde comprar stablecoins? A maioria das corretoras de criptoativos oferece as stablecoins mais populares nas suas plataformas. Também há aplicativos de bancos digitais que possuem estes ativos no portfólio.
Quer se aprofundar no universo dos criptoativos? Acompanhe os artigos do PagBank PagSeguro no UOL Economia!
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